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A festa, nesta sexta-feira (10), foi toda de Marcelo e da torcida do Fluminense. O novo reforço tricolor foi apresentado no Maracanã, diante de milhares de tricolores, sob uma enorme festa e comemoração. O craque recebeu a camisa 12, que usará no Flu, das mãos dos filhos de seus futuros companheiros, Paulo Henrique Ganso e Germán Cano. Mais de 10 mil torcedores estiveram presentes à festa.

A festa começou cedo, com shows de DJ Nath e Filipe Ret, que foram assim embalando a torcida e a colocando no clima da chegada do craque. Às 20h44, Marcelo entrou no gramado do Maracanã sob gritos de “Uh, vem que tem, o Marcelo é de Xerém”. Dessa forma, se fazia a apoteose do retorno do lateral, onde começou sua carreira profissional, há 17 anos.

Marcelo: o novo dono da camisa 12 do Fluminense, em linda festa no Maraca – Carl de Souza/AFP

“Agradeço a todos pelo carinho de sempre. Foram 17 anos longe de casa e hoje tenho a alegria de estar de volta. Esse elenco vai dar certo. Vou correr, vou treinar, vou brigar, vou lutar para dar alegria para vocês. Estou muito, muito feliz. Esse é o melhor momento da minha vida, o de voltar para casa. Eu sempre sonhei em voltar e estar aqui com vocês. Sou mais um guerreiro para brigar por todos os títulos”, disse Marcelo, à torcida do Fluminense.

‘Pedido’ do filho é uma ordem

Marcelo entrou em campo acompanhado pela família. E foi justamente um dos filhos de craque que roubou a cena, ao pegar o microfone, levantando a torcida. Ele gritou, após a entrada do pai: “Vamos ganhar a Libertadores!”. O Fluminense , de fato, estreia na competição em abril e tem o título inédito como seu principal objetivo na temporada. A final, em novembro, aliás, será no Maracanã.

E falando na criançada, foram justamente os pequenos que presentearam Marcelo com a camisa que vestirá no Flu. Foi assim que os filhos de Cano e Ganso deram o manto de número 12 ao craque, numa altura em que todos os jogadores tricolores também estavam em campo. A homenagem, afinal, estava completa.

Dono da festa, Marcelo disse que quer reestrear logo pelo Fluminense – Carl de Souza/AFP

Posteriormente, na coletiva, Marcelo falou um pouco mais sobre suas impressões e seu retorno ao Fluminense. Confira, abaixo, alguns dos trechos mais importantes:

Sentimento de gratidão

“Quando entrei no campo com minha família, passou um filme na cabeça. De que estou voltando para minha casa. Quando saí do Real Madrid, comecei a entender mais como seria a minha volta e o coração falou mais alto. É difícil porque o Enzo (filho) está em Madrid. Então, é difícil deixá-lo lá e ficar um tempo longe, mesmo sabendo que está tudo bem. Mas o coração falou mais alto. A gente está voltando para casa, para o Rio de Janeiro, para o clube que me formou. Eu fui para a Seleção pela primeira vez jogando pelo Fluminense, muita gente no mundo não sabe disso. Foi uma grande vitrine para mim e o coração falou mais alto. Foi bem legal voltar a sentir a vontade de botar a camisa do Fluminense outra vez. A palavra certa é gratidão. Quero agradecer ao presidente (Mário Bittencourt)”.

As conversas para voltar ao Fluminense

“A gente vinha conversando há muito tempo. Então, foi rápido quando decidimos que ia ser real esse meu sonho de voltar ao Fluminense. A negociação, como disse o presidente, não demorou porque a gente já sabia o que queria. Depois, foi só pensar em como fazer. Não teve muito tempo para pensar, até porque aconteceram muitas coisas. Mas foi bem rápido”.

Recepção calorosa até surpreendeu

“É legal ver o Fred saindo feliz, em paz com ele mesmo. Conversei com ele antes, também, com o Marcão. Isso não é todo clube que faz pelo jogador, repatriar um jogador assim, trazer de volta para casa. Vocês viram o carinho da torcida e foi uma coisa que eu não pensava, de verdade. Acredito muito, na rua, quando saio, que as pessoas falam comigo. Mas hoje foi uma mostra de carinho muito grande. Fico feliz por saber que é assim aqui no Fluminense e quero retribuir em campo”.

Em que posição Marcelo vai jogar?

“Eu sou um privilegiado. Estou voltando para casa, fui muito bem recebido aqui, então isso é o de menos. Eu jogo em qualquer lugar: de lateral-esquerdo, meia, goleiro… Tudo que for para ajudar o Fluminense. Já tive algumas conversas com o professor Diniz, mas não preciso falar o que foi dito. Mas é isso, vou tentar ajudar no que ele quiser que eu ajude. Não estou muito preocupado com a posição”.

Reação dos filhos e expectativa pela estreia

“Acho que o que a criança escuta, é super normal. Ele (filho) está feliz, eufórico, viu essa torcida maravilhosa. Tentei conversar com ele antes, explicando o que significa a Libertadores. E, obviamente, ele quer que eu ganhe todos os títulos possíveis. Fico feliz por ele falar porque criança tem que falar o que sente, o que quer. E estou ansioso, estamos só esperando o melhor momento para começar a treinar e pensar em jogar. Quero poder jogar a Libertadores e, possivelmente, brigar para chegar a uma final e para ganhar, que é o sonho de todos os tricolores”.

Os motivos para voltar ao Flu

“Não tem dinheiro que pague o amor que eu tenho pelo Fluminense. Deu para ver, claramente, que nenhum dinheiro paga isso. Jogar em outro clube ou ganhar um título por outro clube… O que eu vivi aqui, hoje, o que quero retribuir ao torcedor, é dentro de campo. Houve outros fatores, mas o Fluminense é a minha casa e eu estou voltando. Meus filhos, vocês viram a cara dos dois, a alegria deles… Então, não tem nada melhor que voltar para sua casa”.

A relação com o avô, que era tricolor

“Já contei essa história várias vezes. Quando entrei com minha família, ali, tenho certeza que meu avô está feliz da vida em algum lugar, realizado. Porque tudo que ele fez por mim deu certo. Graças a Deus, me tornei um exemplo para muitos jovens, consegui grandes feitos na minha carreira. E agora, retornar ao clube onde fui tão feliz entre meus oito e 18 anos, em Xerém, em Laranjeiras… Tenho certeza que ele está muito contente, em algum lugar”.

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