Um dos maiores batedores de falta da história do Flamengo e do futebol brasileiro, Marcos Assunção, hoje aposentado, é só elogios ao trabalho de Renato Gaúcho no clube, embora boa parte da torcida critique o treinador. Eles jogaram juntos no Rubro-Negro entre abril e maio de 1998. De acordo com o paulista, hoje aos 45 anos, o comandante tem o mais importante para ser campeão nesta passagem no Rio de Janeiro: o elenco em suas mãos.
“Joguei com Renato em 1998. É um cara bem bacana e que deixa os jogadores bem à vontade. Ele sabe o que os caras precisam. Já foi jogador e de alto nível. Conhece muito bem as necessidades. Já faz algum tempo que não nos falamos, mas só em ver suas entrevistas, percebo que é um cara de grupo. O grupo gosta de ser comandado por ele. E vice-versa. Isso é muito importante para um time alcançar títulos”, analisou Assunção, em entrevista ao Jogada10.
Assunção também falou sobre as lembranças que têm de Renato Gaúcho. Por mais que tenham trabalhado juntos há mais de duas décadas, o ex-jogador se recorda da habilidade de Portaluppi e de sua facilidade em se relacionar com os colegas.
“Confesso que não me lembro de todos os detalhes daquela época, até porque Renato já estava em final de carreira e jogamos pouco tempo juntos. Mas lembro que ele era muito habilidoso, gente boa, brincalhão e com muita qualidade técnica”, comentou Marcos, que defendeu o Rubro-Negro de abril a dezembro de 1998, e anotou sete gols em 42 jogos.
Andreas? Calma…
Por fim, Marcos Assunção freou a empolgação da torcida quanto à capacidade técnica de Andreas Pereira na bola parada. Recém-chegado, o belga naturalizado brasileiro soma quatro gols pelo Flamengo, um deles de falta. Para o ex-jogador, ainda não números para não cravar que o camisa 18 é “batedor de falta”. Aliás, nem ele nem ninguém no Brasil.
“No Flamengo, por exemplo, o Andreas fez um golaço de falta dia desses (na vitória por 3 a 1 sobre o Juventude, no Maracanã), mas não posso dizer que ele é batedor se fizer um gol a cada quatro, cinco, seis jogos. Um cobrador de falta especialista, como Marcelinho, Zico, Ceni faz gol de falta sempre. A cada dois jogos, um. Não digo só no Flamengo, mas no Brasil… não temos mais especialistas, infelizmente. Cobrança de falta é talento e treino. Se você tiver talento e treinar firme, sem relaxar, vai se tornar um especialista, igual a esses caras que eu falei”, encerrou.
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