Insatisfeito com o momento do Fluminense na temporada, o presidente Mario Bittencourt veio à público pela primeira vez após quatro meses. Na tarde desta sexta-feira (15), concedeu entrevista coletiva virtual no CT Cláudio Castilho, zona oeste do Rio de Janeiro, onde garantiu a confiança no técnico Marcão.

Perguntado sobre a situação do treinador após a goleada sofrida para o Corinthians, por 5 a 0, na última quarta (13), o presidente afirmou ter convicção na decisão pela permanência de Marcão.

“A gente planeja, aposta, pode dar certo ou pode dar errado. Mas foi com convicção (permanência de Marcão) e segue com convicção. Curiosamente nesse período do primeiro turno também tivemos algumas dificuldades. Na nossa conta interna, estamos devendo três pontos da campanha que fizemos no turno. E ainda com Odair começamos o returno pior que o turno. A gente olha o campeonato pelo nosso índice de aproveitamento, pela tabela que tem e pelo que fez no turno e pode fazer no returno”, argumentou.

Presidente do Fluminense Mário Bittencourt, em coletiva no CT Tricolor – Lucas Merçon/Fluminense F.C.

Mario revelou que fez uma cobrança interna após o 5 a 0. A vontade do presidente é apagar a péssima impressão que ficou do time depois da acachapante derrota para o Corinthians, na capital paulista.

“Isso não afasta a derrota horrível de quarta-feira, que sai da nossa linha, em nenhum momento perdemos por mais de dois gols. Por isso estamos cobrando internamente. Fo uma derrota horrível, detesto perder de 1 a 0, quiçá por um placar elástico desse jeito. Aconteceram muitos erros, temos que encontrá-los aqui dentro. Do lado de fora, o que posso dizer é que todos nós estamos muito chateados, com muita vontade de apagar essa péssima impressão após um grande resultado diante de um rival que tínhamos tido. Vamos seguir com o trabalho de manter a comissão técnica permanente. Isso é conversado com eles, sabem que podemos ao início da temporada de 2021 fazer uma opção de trabalho de longo prazo com outro treinador ou mantê-los”, revelou.

Confira outros tópicos da entrevista de Mário Bittencourt

Planejamento para 2020

“Nosso planejamento para temporada de 2020 era a permanência do treinador que contratou em janeiro. Infelizmente quando fizemos o planejamento não imaginávamos que teria uma pandemia, e o Brasileiro terminasse quase em março de 2021. Além de tudo, quando caminhávamos para buscar uma renovação com Odair, ele recebeu uma proposta do Mundo Árabe em termos de número irrecusável, isso fez com que a gente perdesse nosso treinado já no finalzinho do ano. A opção pela comissão técnica permanente é um projeto nosso que em 2019 assumiu depois da passagem de dois treinadores”

Passagem de Marcão em 2019

“Eu não tenho filosofia de tirar os treinadores, acho importante isso. Acreditava no trabalho do Odair e queria que ficasse para 2021. Como isso não aconteceu, usamos o mesmo método que usamos em 2019. Estávamos em 16º ou 17º, com aproveitamento baixíssimo. Fizemos essa opção na luta contra o rebaixamento, e a comissão permanente entregou um resultado de 56%. Ela venceu três dos primeiros quatro jogos, depois ficamos cinco rodadas sem vencer, até retomarmos o caminho das vitórias, classificarmos para a Sul-Americana e escaparmos do rebaixamento”

Saída de Odair Hellmann

” Quando Odair nos comunicou da saída, estava em casa ainda recuperando da Covid-19, falei com o Paulo (Angioni) por telefone e optamos por repetir o que aconteceu em 2019, justamente porque conhecia o dia a dia do trabalho. Nós entendíamos que buscar um treinador naquele momento, talvez não trouxesse um nome que a gente tivesse convicção. E talvez alguns não aceitassem também porque pegar trabalho no meio não é qualquer treinador que aceita. Se a gente tiver 50%, 51% até o final da competição, teremos um aproveitamento parecido e certamente conseguiremos alcançar a vaga na Libertadores ou na Pré-Libertadores”

O Fluminense vem na sétima posição do Campeonato Brasileiro, com 43 pontos. Na próxima rodada, recebe o Sport, no Maracanã, pela 30ª rodada da competição. A bola rola no sábado, às 19h (de Brasília).

Comentários