Após a demissão de Fernando Diniz, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, concedeu uma entrevista coletiva para explicar os próximos passos do clube. Assim, o mandatário afirmou que não tem nenhum substituto em pauta no momento e que a tendência é que Marcão fique à frente da equipe até o fim da temporada.

“O futebol tem algumas nomenclaturas antigas… Interino, auxiliar permanente. O que temos aqui há cinco anos é um técnico permanente, o Marcão. É um técnico muito qualificado, competente, estudioso, tem todas as licenças. Fez todos os cursos e tem resultados. Nunca foi efetivado porque é um acordo que temos. Ele veio para cá para ser uma pessoa importante para o Fluminense nas saídas dos treinadores, como agora”, disse.

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, em entrevista coletiva - Foto: Lucas Merçon/Fluminense
Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, em entrevista coletiva – Foto: Lucas Merçon/Fluminense

“O trabalho do Marcão aqui é um trabalho diário de treinador junto ao treinador que está aqui. Ele tem todas as vezes que começamos desde o início da gestão, ele sempre se colocou como técnico permanente para ajudar nos momentos de dificuldade. Ele está mais do que 100% com as comissões técnicas. Às vezes até mais, pois dá treinos aos não relacionados. Temos um processo decisório aqui que não é longo, mas sempre muito debatido”, completou.

Confiança em Marcão

Ao todo, Marcão já esteve à frente do Tricolor em 56 jogos com 25 vitórias, 17 derrotas e 14 empates, com aproveitamento de 52,98%. Por outro lado, o desafio agora será tirar a equipe da lanterna, que, no momento, soma apenas seis pontos e uma vitória no Brasileirão. O time precisa reagir para ainda sonhar com voos mais altos na competição, como uma vaga na próxima Libertadores.

“O Marcão participa de todos os treinos do técnico. O treinador que vai na quinta é um treinador da casa que sempre trouxe resultados e precisa ser respeitado. Até o dia de hoje, não pensamos em nenhum treinador e não conversamos com nenhum estafe. Não trabalhamos assim. A tendência é que siga até o fim da temporada. A ideia de momento é dar a confiança para ele trabalhar e a intenção é que ele vá até o fim do ano. Pode mudar? Pode. Renovei com Diniz 33 dias atrás. Mas confiamos que o futebol e o resultado voltarão”, explicou.

Despedida emocionada de Diniz

Trinta e três dias antes da demissão, o Fluminense havia renovado o contrato de Fernando Diniz. Durante a coletiva, Mário explicou que, na verdade, foi uma extensão por acreditar na estabilidade do trabalho. Além disso, destacou que o profissional se tornou o treinador mais longevo do clube no século XXI.

“A gente aqui quando comanda uma instituição, clube ou empresa, toma as decisões baseadas em conceitos que temos. No caso quando fiz a renovação, na verdade, o alongamento do contrato do fim de 24 até o fim de 25. Foi uma extensão de contrato, na verdade. Baseado naquilo que acreditamos, de tentar dar longevidade e estabilidade aos treinadores do Fluminense. O Diniz é o treinador mais longevo do Fluminense no século XXI. O segundo é o Abel Braga”, disse.

Sobre a multa rescisória, que é de 50% do tempo restante de contrato, com o pagamento do salário de 9 meses, o presidente afirmou que houve um acordo com Diniz para a redução do valor total. Diante disso, o valor seria bem próximo aos R$ 6 milhões que o Fluminense ganhou da CBF por ceder o treinador para comandar a seleção brasileira no ano passado.

“Choramos muito, resolvemos a questão burocrática e ele decidiu se despedir das pessoas do clube. Obviamente que eu permitira e participei da despedida ao fundo e vi uma das cenas mais bonitas do futebol. Jogadores renomados e também os jovens chorando com a saída de um treinador. Foi o choro de que a gente sabe que deu muito certo, mas no momento não estava dando. A relação não se encerrou ontem, só se fechou um ciclo dessa relação”, revelou.

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