Alvo do assédio do exterior, por conta da ótima fase, o Botafogo tenta evitar a perda de peças que levaram a equipe à liderança isolada do Brasileirão. O principal deles, no momento, é o técnico Luís Castro. Com interesse dos árabes, o português ainda não rejeitou a investida do Al-Nassr, onde joga o astro Cristiano Ronaldo. O diretor de futebol da SAF, André Mazzuco, desenvolveu sobre o assunto nesta terça-feira e destacou a força do projeto alvinegro em relação ao poder do dinheiro.
“Quero muito que o Luís fique, a gente tem muito otimismo em relação a isso. O Luís gosta muito do trabalho (no Botafogo). Isso é muito relevante, o cara poder chegar no Brasil, poder botar a mão, criar coisas legais e trazer o Botafogo para um valor de marca que não teve nos anos recentes. O Luís é um cara bastante honesto, é um cara que gosta muito daqui. Quando você tem um projeto, nem tudo é dinheiro. O Luís tem 61 anos e já passou por vários lugares… a gente quer que ele fique, e o trabalho continue”, explicou Mazzuco, à ‘ESPN’, reforçando que o clube não tem um plano B para a possível saída do treinador.
Cobiça ao líder Botafogo na janela
A diretoria usa o mesmo exemplo para os jogadores. Afinal, o goleiro Lucas Perri e o zagueiro Adryelson vêm sendo mencionados como alvos de clubes europeus. O dono da SAF, John Textor, disse que não deseja negociá-los, mas “não pode arriscar a saúde financeira” do Botafogo. Além deles, o atacante Matheus Nascimento, apesar de reserva, tem 19 anos e acaba de disputar o Mundial sub-20 com a Seleção Brasileira. Neste caso, porém, Mazzuco sugere que o clube está de olho no mercado para uma eventual reposição.
“É natural, até pelo momento que estamos passando, com a liderança do Campeonato Brasileiro mais difícil dos últimos anos, haver sondagem por treinador e jogadores. Nossa gestão está alerta, os profissionais têm contratos a cumprir, acreditamos na continuidade quando o projeto entrega resultados. Conseguimos criar bom ambiente, viramos a temporada com o mesmo elenco. Estamos alertas. Natural receber sondagens, temos que gerenciar de acordo com o que venha a acontecer. Acreditamos sempre no que temos feito no clube, todos respeitam o nosso projeto e compraram a ideia. Esperamos não ter perda significativa, mas temos que estar atentos para reposição caso alguma perda demande isso do clube”, explicou Mazzuco, à ‘ESPN’.
Até aqui, o único reforço do Botafogo para a janela de transferências é o uruguaio Diego Hernández. A SAF investiu na compra do meia-atacante junto ao Montevideo Wanderers. No entanto, embora se diga satisfeito com a qualidade e dedicação de seus jogadores, Luís Castro já mencionou que a posição de meia e centroavante têm lacunas, por falta de maturidade de algumas alternativas. Além disso, a lateral direita costuma estar em xeque, já que Rafael sofre com lesões e o argentino Di Plácido ainda oscila.
Eduardo é sondado, mas não deve sair
O meia Eduardo é outro alvo dos árabes. Muito respeitado por lá, onde passou seis anos, o jogador tem proposta do fundo que adquiriu a liga e vem distribuindo os reforços pelos clubes. A informação é do ‘ge’. Os valores são muito mais altos do que o contrato atual de Eduardo. Porém, a decisão de voltar para o Brasil, aos 33 anos, além da fase no Botafogo, podem ser suficiente para mantê-lo.
“Eduardo até foi um caminho oposto, voltou para o Brasil depois de muito tempo fora. Está em um momento pessoal muito bacana, perto da família. É conhecido fora do Brasil, no Oriente Médio, agora com essas movimentações de fundos tem bastante especulação. Mas não é uma questão financeira que tiraria ele do clube, tem todo um contexto envolvido. Ele é extremamente importante para nós, esperamos que continue também”, disse André Mazzuco.
Segundo o ‘Canal do TF’, a multa rescisória de Eduardo para clubes do exterior é de cerca de R$ 160 milhões, equivalente a 3 milhões de euros. O meia está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e não enfrenta o Cuiabá, quinta-feira, na Arena Pantanal.
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