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‘Me senti como um criminoso, bandido’, diz Muralha sobre as críticas que recebeu quando jogava no Fla

Aos 31 anos, o goleiro Alex Muralha vai defender a camisa verde e amarela do Mirassol no Campeonato Paulista da primeira divisão. Depois de passar por grandes clubes e pela Seleção Brasileira, o camisa 1 vê a oportunidade no interior de São Paulo como um ponto de mudança em sua carreira. Em entrevista ao site ‘GloboEsporte’, ele disse que as críticas que recebeu na época que defendia o Flamengo afetaram até mesmo seus familiares.

Após a eliminação do Flamengo para o Paraná na Primeira Liga de 2017, um jornal do Rio de Janeiro publicou na primeira página um ‘comunicado’ informando que a partir daquela data o veículo não chamaria mais o goleiro pelo apelido em nome da ‘precisão jornalística’.

“Estava treinando na academia e o Bandeira (Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo) chegou bravo. Ele tinha um carinho muito grande por mim, me mostrou (o jornal) e explicou o que estava acontecendo. Não tem problema querer mudar meu nome. Quem fez o Muralha foi a própria imprensa, que levou o apelido do Comercial (SP) para o Brasil todo. Quando isso estoura, para você tirar é muito difícil. Quando cai na boca do povo, é impossível você tirar. Poderiam ter colocado dentro do jornal, mas colocaram na capa como se fosse um criminoso, um bandido. Um país onde a gente vive tanta coisa, colocar um jogador de futebol como um alvo é muito pesado. Aquilo marcou muito a minha vida. Vou levar isso para sempre, até quando parar de jogar”, revelou o jogador.

‘Comunicado’ de jornal do RJ sobre não chamar mais o jogador de Muralha – Reprodução/Jornal Extra

Menos de um mês depois, o Flamengo perdeu a decisão da Copa do Brasil para o Cruzeiro, no pênaltis, e a culpa pelo fracasso rubro-negro mais uma vez recaiu sobre os ombros do goleiro, que mais uma vez foi crucificado por não ter defendido nenhuma cobrança.

“Eu me senti como um criminoso, bandido. Aquele jogo do Cruzeiro ficou muito marcado por ter caído apenas para um lado na decisão de pênaltis. Foi uma escolha minha, estudei e acabou não dando certo. Se desse, a história teria sido outra”, afirmou Muralha.

Alex Muralha foi a principal contratação do Mirassol para o Paulistão – Léo Roveroni/Mirassol FC

Muralha disse ainda que as críticas pesadas passaram a afetar diretamente seus familiares, inclusive sua própria mãe.

“Fui muito criticado e de certa forma atingiu muito a minha mãe. Disse para ela sair, esquecer aquilo, mas mesmo assim ela queria de alguma forma me proteger. Acabou tomando remédios para dormir, aquilo me chateou muito e me pegou. Saíram do futebol e começaram a influenciar minha vida pessoal”, disse o jogador que, apesar das pesadas críticas que sofreu, chegou à Seleção Brasileira quando defendia o Flamengo. Foram três convocações feitas pelo técnico Tite, mas ele não chegou a entrar em campo.

 

Flávio Almeida

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