O Ministério Público de Goiás recebeu mensagens que indicam pagamentos a jogadores de quatro estados. As transferências teriam sido feitas já em 2023. Assim, esse é mais um indício de que a Série B do ano passado pode ter tido manipulação de resultados, em operação que envolve pelo menos quatro atletas. Assim, o órgão que investiga o caso, pode ter que estendê-lo para outras partes do país.

Segundo o Ministério Público, o grupo de apostadores convencia os jogadores a manipular resultados nas partidas. Assim, ações como fazer um pênalti ainda no primeiro tempo, ou qualquer outro lance incomum, que gerasse um lucro alto, acabavam acorrendo durante as partidas. Em troca, estes atletas receberiam parte dos prêmios de apostas feitas. A estimativa é que cada envolvido tenha recebido R$ 150 mil por aposta.

Vila Nova 0 x 0 Sport é um dos jogos sob investigação do Ministério Público – Roberto Corrêa/Vila Nova

O Ministério Público começou a investigar o caso após o Vila Nova, que  terminou em 13º na Série B, denunciar o meia Romário, que estava no Colorado. A denúncia foi feita através do presidente do clube, Hugo Jorge Bravo, que apresentou alguns documentos que indicavam a manipulação de resultados.

O atleta teria recebido dinheiro de apostadores para ajudá-los, dentro de campo, a ganharem suas apostas. No caso, cometer um pênalti no primeiro tempo do jogo contra o Sport, pela última rodada da Segundona. Ele, porém, não entrou em campo e teria pedido para os companheiros fazerem a penalidade. Romário nega que tenha sido comprado, mas admite que os apostadores lhe ofereceram dinheiro.

Jogos e atletas investigados

Três jogos são investigados pelo Ministério Público, todos pela última rodada da competição. Além de Vila Nova 0 x 0 Sport, Criciúma 2 x 0 Tombense e Sampaio Corrêa 2 x 1 Londrina. Em todas, de acordo com as investigações, um atleta foi cooptado para cometer pênalti no primeiro  tempo.

Além de Romário, hoje no Goiânia, após rescindir com o Vila, pelo menos outros três nomes são investigados pelo Ministério Público. São eles: zagueiro Joseph, do Tombense, Mateusinho, na época no Sampaio Corrêa e hoje no Cuiabá, e Gabriel Domingos, também do Vila Nova. Este último estaria sendo investigado por emprestar a conta bancária para Romário.

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