Uma das lições que a derrota para o São Paulo pela Copa do Brasil possibilitou ao técnico Lisca foi a fragilidade do Vasco em jogadas defensivas de bola aérea. Depois de sofrer o primeiro gol no começo da partida, a equipe carioca conseguiu equilibrar as ações, mas viu o Tricolor paulista definir o placar de 2 a 0 na etapa final com Pablo, de cabeça, após cobrança de escanteio.

Leandro Castan e Léo Matos não conseguem impedir o gol de cabeça de Pablo, o segundo da vitória tricolor – Rubens Chiri / saopaulofc.net

O mesmo já havia ocorrido na estreia de Lisca à frente do Cruz-Maltino. Apesar da goleada por 4 a 1 sobre o Guarani, em São Januário, o gol anotado por Lucão do Break no sábado passado saiu de bola parada.

“Realmente a gente tem analisado isso, vocês (imprensa) têm colocado muito a situação. É uma situação corriqueira na temporada do Vasco. Procuramos analisar o adversário e mostrar aos jogadores onde eles têm a maior contundência na bola parada. Tomamos um gol na bola parada contra o Guarani numa bola mais viajada, hoje tomamos numa bola mais rápida, mais direcionado. Tínhamos já mapeado (a batida do São Paulo) e passado aos jogadores. Acho que a bola veio mais aberta, talvez a nossa linha estivesse muito fechada, mais próxima do gol. Reinaldo encaixou uma bola mais aberta, e o Pablo pegou. Mérito do adversário também, mas a gente precisa minimizar esses gols. E hoje (quarta-feira) a bola parada determinou essa vantagem maior para o São Paulo. Não acho que era merecido”, explicou Lisca.

No comando da nau vascaína há menos de uma semana e já com duas partidas no currículo, Lisca deu sinais de que pretende corrigir os erros com o maior tempo para dedicação aos treinamentos.

“Isso se corrige trabalhando e estimulando. Quando tiver tempo, repetindo e dando ênfase a esse detalhe importante da partida. Já tomamos dois gols nos meus dois jogos, e isso é uma coisa que incomoda”, disse ele, buscando explicar como resolver o problema da bola aérea defensiva:

Leandro Castan, mais uma vez, perde a disputa na bola área no duelo com o São Paulo – Rubens Chiri / saopaulofc.net

“Estimulando os jogadores, analisando os adversários, mostrando pontos fortes, treinando. Bola parada exige força, intensidade… Quando se joga a cada três dias fica complicado. Mas nós posicionamos, estudamos o São Paulo, o gol deles contra o Flamengo foi com Arboleda pelo alto. Talvez o fato de o Arboleda ter saído possa ter surpreendido. Mas temos que dar ênfase a esse detalhe importante que é a bola aérea defensiva. Levamos dois gols assim nos meus dois jogos. É pontuar e treinar. É isso o que vamos fazer”.

As falhas neste tipo de jogada vêm se repetindo em grande quantidade no decorrer da temporada, mesmo com a comissão técnica anterior. Nas primeiras 15 partidas disputadas nesta temporada, o Vasco sofreu gols em todas elas, sendo 12 originados de lances com bola aérea e/ou parada.

Volta de Romulo pode ajudar no jogo aéreo

Enquanto ainda sofre com o pouco tempo para treinos, Lisca acenou que pode dar uma sustentação defensiva e também fortalecer o jogo aéreo da equipe cruz-maltina já no próximo sábado, no clássico contra o Botafogo, pela Série B. Para isso, precisará saber se poderá contar com o experiente volante Romulo, recuperado de um trauma no tornozelo esquerdo durante o aquecimento na partida contra o Coritiba há duas semanas, ainda sob o comando de Marcelo Cabo.

“Temos que ter calma com Romulo. Veio de uma lesão, treinou pouco. Vamos ver como ele vai responder amanhã (quinta-feira) e sexta. Pode nos ajudar na questão da bola parada”, completou.

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