Felipe David Rocha

Mesmo vice, Palmeiras precisa servir de referência aos rivais

Novamente o título mundial não veio.

Mas e daí?

Diante do Chelsea, o Palmeiras pôde consolidar um trabalho iniciado em 2013 e que deveria servir de referência para muitos clubes no Brasil.

Verdão seguirá de cabeça erguida após o vice no Mundial de Clubes – GIUSEPPE CACACE/AFP via Getty Images

Depois de uma reformulação que exigiu mudança de entendimento e estratégia a longo prazo, o Alviverde alcançou o seu melhor desempenho esportivo na história com grandes conquistas, incluindo duas Libertadores consecutivas.

Em um clube que flertou com a falência após gestões fracassadas, coube a Paulo Nobre inovar, correr riscos. E pagar para ver. Da iminência de rebaixamento no ano do centenário ao pulo do gato.

Ao colocar grana do próprio bolso, abriu margem para julgamentos precipitados e reprobatórios.

A astúcia, porém, foi recompensada.

Ao se livrar do rebaixamento em 2014, cravou em alto e bom tom: a partir dali o Palmeiras seria outro.

Assumiu Maurício Galiotte, posteriormente, e deu sequência à administração sustentável com visão empresarial de como gerir um clube de futebol.

Leila Pereira, a atual presidente, tomou o cajado e, apesar de uma ou outra divergência sob o ponto de vista administrativo, manteve a essência de gestão.

Pagar salário em dia, sem o comprometimento em adiantar recebíveis focando obsessivamente (e somente) em resultados, não assegurou títulos.

Contudo, foi necessária a adequação à realidade financeira que exigia cautela nas contas, mesmo que viesse a custar um período de seca nas quatro linhas.

Em contratações e, consequentemente, troféus.

De lá pra cá o Verdão se reestruturou e passou a faturar quase tudo o que disputou: Paulista, Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores.

Na base, um cenário semelhante com direito à inédita conquista da Copinha, no mês passado. Ali, por sinal, as joias surgem e são lapidadas aos montes. Fruto da reestruturação e investimento maciços nas categorias de acesso.

É por essas e outras que o torcedor deve levantar a cabeça, mesmo amargando o vice no Mundial em Abu Dhabi.

O Palmeiras terá força para competir e ganhar tudo o que disputar.

Enquanto isso, a realidade no Brasil é a de clubes esfacelados, com dívidas que só crescem, e que colocam em risco suas existências centenárias.

A missão verde foi cumprida. Mesmo sem o planeta aos seus pés.

*O texto contido nesta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10.

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Felipe David

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