O Ministério do Esporte se pronunciou sobre a atitude de um policial militar na partida entre Grêmio Anápolis e Centro-Oeste, pela 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. Assim, o órgão afirmou que a ação de atirar uma bala de borracha contra a perna do goleiro Ramón Souza, dos donos da casa, foi desproporcional e violenta.

“A ação desproporcional e violenta por parte da Polícia Militar. Algo que culminou no disparo de uma bala de borracha contra o goleiro Ramón Souza. É inaceitável e deve ser veementemente repudiada”, diz trecho da nota.

PM atira em jogador pela segunda divisão do futebol goiano  Foto: Reprodução

O Ministério argumentou ainda que a conduta do policial vai contra os princípios básicos de segurança e integridade física. A corporação, por sua vez, informou sobre a abertura de um inquérito pela Corregedoria para apurar os fatos com o devido vigor.

Entenda o caso

O fato aconteceu logo após o término do jogo, em Anápolis, Goiás, quando as duas equipes discutiam à beira do campo. Dessa forma, os policiais estavam no local controlando a confusão e os ânimos exaltados.

Logo em seguida, um dos militares empurrou um jogador da equipe dona da casa, e o goleiro foi confrontá-lo. Foi, então, que um policial apontou a arma e disparou na perna do atleta.

Nesse sentido, um médico do Grêmio Anápolis atendeu o arqueiro ainda no campo. Posteriormente, os profissionais do clube levaram o atleta à uma unidade de saúde. De acordo com o clube goiano, o goleiro, de 22 anos, não corre risco de morte ou de perder a perna.

“Um ato horrível, inacreditável e criminoso. Vindo de alguém que deveria prezar pela segurança e integridade das pessoas, que ali estavam no Estádio Jonas Duarte”, reiterou do clube.

Confira a nota do Ministério do Esporte

“É com grande consternação que o Ministério do Esporte tomou conhecimento dos lamentáveis acontecimentos ocorridos durante a partida de futebol entre Grêmio Anápolis e Centro Oeste, pela 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. A ação desproporcional e violenta por parte da Polícia Militar, que culminou no disparo de uma bala de borracha contra o goleiro Ramón Souza, é inaceitável e deve ser veementemente repudiada. Este tipo de conduta vai contra os princípios básicos de segurança e integridade física que devem ser garantidos a todos os envolvidos no esporte.

Nos solidarizamos com o jogador, vítima desta ação desmedida, e com toda a equipe do Grêmio Anápolis, que presenciou e sofreu os impactos deste ato de violência. É inadmissível que profissionais do esporte, que dedicam suas vidas à prática e promoção do futebol, sejam expostos a situações de tamanha agressividade. Este episódio reforça a necessidade urgente de uma revisão nos procedimentos. Para garantir que a atuação policial seja sempre pautada pelo respeito aos direitos humanos e pela proteção dos indivíduos.

Reiteramos nossa confiança na capacidade das autoridades competentes em conduzir uma investigação rigorosa e transparente, que leve à responsabilização dos envolvidos e à implementação de medidas que impeçam a repetição de tais fatos. É imperativo que se restabeleça a confiança na atuação policial, assegurando que episódios de violência não se tornem uma constante nos campos de futebol.

Por fim, destacamos nosso compromisso com a promoção de um ambiente seguro e justo para todos os profissionais e amantes do esporte. Continuaremos lutando por um futebol onde o respeito, a segurança e a integridade física e moral de todos sejam prioridades absolutas. Reafirmando nossa posição contra qualquer forma de violência e abuso.”

Veja a nota da Polícia Militar

A Polícia Militar informa que, diante do ocorrido no final da partida entre Grêmio Anápolis e Centro-Oeste, foi determinada, de imediato, a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) pela Corregedoria para apurar os fatos com o devido rigor.

Ressaltamos que o disparo efetuado foi feito com munição de elastômero, conhecida como “bala de borracha”, armamento menos letal.

A Polícia Militar de Goiás reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros.

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