O ministro da Justiça, Flávio Dino, falou, ao site “Globo Esporte”, que vai bloquear os bens e ganhos da quadrilha envolvida no esquema de apostas esportivas no futebol brasileiro. Dino confirmou que o inquérito da Polícia Federal será instaurado até esta sexta-feira (12). Além disso, os suspeitos devem prestar depoimento nos próximos dias.
“Nas próximas semanas já haverá atos concretos como depoimentos, ações investigativas, eventualmente bloqueio de bens. Para que haja uma dimensão preventiva, para prevenir a perpetuação de outros crimes”, falou o ministro da justiça, que prosseguiu.
“São fato graves, onde há indícios de combinação e atos contrários ao esporte, com repercussão interestadual e internacional. Essa manipulação pode configurar vários crimes, como o de estelionato. A polícia federal vai aproveitar outras investigações existentes, para que a gente faça uma repressão rápida, uniforme e eficaz, para que haja segurança em relação a ética no esporte no Brasil”, completou Flávio Dino.
O ministro também destacou o efeito da regulamentação das apostas esportivas para para proteger o esporte de ações criminosas. As casas de apostas terão menor fatia da arrecadação e mais obrigações junto ao governo.
“Temos projetos no Congresso e que desejamos é que por intermédio desses estudos do governo e projetos que tramitam na câmara, tenhamos uma concomitância saudável. De um lado, investigações, de outro essa nova normatividade que feche o caminhos dos criminosos. É um tema que envolve milhões de pessoas e negócios, que devem ser protegidos. Negócios legais, que quando tem a atuação de criminosos você abala todo esse sistema de interesse de grande parte da nação brasileira”, concluiu o ministro.
Entenda o caso investigado pelo Ministério Público
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou na última segunda-feira (08), o que considera uma suspeita de fraude em pelo menos oito jogos do Campeonato Brasileiro do ano passado. Diversos jogadores acabaram sendo flagrados negociando com integrantes de uma quadrilha, que articulava manipulação em sites de apostas esportivas.
O Juventude (três vezes) e o Santos (duas) teriam jogadores envolvidos nos jogos sob suspeita de manipulação, no último Brasileirão. As fraudes consistiriam em pagamentos de até R$ 200 mil a jogadores para que cometessem pênaltis ou recebessem cartões amarelos ou vermelhos durante os jogos. Ainda de acordo com o MP, nem todos os jogadores aceitaram as propostas.
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