Morreu neste domingo (3), aos 78 anos, vítima de um câncer, o empresário e político Bernard Tapie, que ficou conhecido por ser o presidente do Olympique de Marselha entre 1986 e 1994 e ser o pivô do maios escândalo da história do futebol europeu.
Na temporada 1992-1993, o Olympique conquistou a Champions League ao derrotar na final do Milan, tornando-se o primeiro clube francês a atingir esse feito. Mas o título foi cassado pela Uefa após Tapie ser apontado como o cabeça de um esquema de manipulação de resultados para beneficiar o clube.
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Faltando uma semana para a final da Champions e já com o Campeonato Francês conquistado, Tapie subornou alguns jogadores do Valenciennes para que não fizessem jogo duro contra o Olympique na rodada final da competição.
A descoberta do esquema foi feita no intervalo da partida, quando Jacques Glassmann, zagueiro do Valenciennes, revelou ao técnico Boro Primorac que além dele, Christophe Robert (capitão) e Jorge Burruchaga (campeão mundial em 1986 pela Argentina) haviam recebido dinheiro para entregar o jogo, que terminou 1 a 0 para o Olympique. A intermediação teria sido feita por Jean-Jacques Eydelie, jogador do Olympique, e Jean-Pierre Bernès, diretor de futebol.
O Olympique teve o título francês cassado e ainda por cima foi rebaixado para a Segunda Divisão. Naquela temporada, o Campeonato Francês não teve outro clube declarado campeão.
Após ser afastado do futebol por mais de uma década, Tapie ingressou na política, sendo deputado e ministro do governo francês. Mais tarde, sofreu problemas com a Justiça por sonegação fiscal e corrupção.
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