Um ano atrás, o Vasco e o futebol brasileiro choraram a morte de Roberto Dinamite, maior ídolo e artilheiro da história do clube. A data foi lembrada de todas as formas, nesta segunda-feira. Desde homenagens do próprio Cruz-Maltino, nas redes sociais e no campo de São Januário, como de sua família. Além disso, a última temporada teve diversos momentos dedicados à sua memória.

“O nosso Roberto Dinamite. De sorriso leve. De feitos gigantes. Da inspiração para batismos. Você viverá para sempre e nós te amaremos para sempre”, diz parte do post da equipe de comunicação do Vasco, junto a um montagem.

Na sequência, a diretoria institucional preparou uma pequena cerimônia ao lado de sua estátua, com faixas e flores. O futuro presidente, Pedrinho, que assume em 22 de janeiro, e o CEO da SAF, Lúcio Barbosa, Edmundo e Bebeto participaram. Havia um padre da capela do estádio. Novo diretor de futebol, Alexandre Mattos fez questão de mencionar Dinamite em sua primeira coletiva, no CT Moacyr Barbosa.

“Quero mandar meus sentimentos, um beijo no coração de todos os vascaínos, especialmente na família do nosso Roberto Dinamite. Tive o prazer de conhecê-lo, em 2013, quando trabalhava no Cruzeiro e vim fazer um negócio aqui no Vasco. Educado, demonstrando porque é um ídolo do Vasco e nacional. Fica aqui o meu registro nesse um ano que eles nos deixou, porque faz muita falta, porque é uma pessoa espetacular, um idolo”, disse Mattos, logo no início do discurso, acrescentando em seguida:

“Eu disse isso a ele, ‘quem sabe, presidente, um dia eu posso estar com vocês aí’. Eu estava fazendo o negócio do Dedé, levando ele para o Cruzeiro. Hoje ele (Dinamite) não está aqui para me ver, mas fica aqui o meu abraço, respeito à família e aos vascaínos”.

Reverências pelo mundo

Logo após a informação de sua morte, aos 68 anos, vítima de câncer no intestino, o mundo do futebol entrou em luto novamente. Afinal, Pelé faleceu apenas dez dias antes. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, postou em sua rede social “um dia muito triste para os que o viram jogar”, e até mesmo torcidas estrangeiras, como a do Porto, o homenagearam. Veja abaixo:

A própria rua da sede de São Januário mudou de nome, por decreto do prefeito Eduardo Paes – hoje, é Avenida Roberto Dinamite. Isso aconteceu logo depois do óbito do craque. No dia seguinte, o velório contou com cerca de cinco mil pessoas, entre atletas e ex-atletas, amigos e familiares, em um tom de muita emoção. Nomes como Zico, Cafu e Edmundo estiveram presentes.

Minuto 10 e Vasco x Santos

A CBF instituiu o “minuto 10” em reverência a Pelé e Dinamite. Com isso, torcedores santistas e vascaínos gritaram os nomes das lendas e aplaudiram sempre quando o jogo de cada equipe alcançava esse tempo. A camisa 10 era o número que ambos sempre utilizaram, por sinal.

Em maio, Vasco e Santos se enfrentaram pelo Brasileirão, em São Januário, e as diretorias se uniram para criar ações em memória aos dois, incluindo um patch especial usados em todas as camisas dos atletas.

Vasco x Santos
Patch une as lendas Pelé e Dinamite no duelo entre Vasco e Santos, em maio de 2023 – Foto: Daniel Ramalho / Vasco

Payet herda a 10 e honra Dinamite

Com a saída de Nenê, o número 10 ficou vago por quatro meses. Até que o Vasco fez uma das contratações de maior impacto do futebol brasileiro. Dimitri Payet, ex-seleção francesa, assumiu a responsabilidade e, se não foi brilhante em campo, mostrou muito respeito. Em seus primeiros dias, fez questão de posar na estátua de Dinamite, em São Januário, e mostrou conhecer a história do craque em sua coletiva.

Depois, quando marcou o gol da vitória sobre o América-MG, apontou para o patch com o rosto do ex-atacante, como se dedicasse a ele. Acaso ou não, o gol foi de falta e muito parecido com o último marcado pelo próprio ídolo, no mesmo lugar. Posteriormente, Rodrigo, filho mais velho de Roberto, revelou que sua irmã estava no estádio e evocou a presença do pai para iluminar Payet.

Novo camisa 10, Payet posa para foto com a estátua de Dinamite – Foto: Daniel Ramalho / Vasco

Feitos de Dinamite em campo

Roberto Dinamite, até hoje, é o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 190 gols, e também do Carioca. Além disso, é o “Rei dos Clássicos”, como o maior goleador dos confrontos entre os rivais cariocas.

Ele conquistou um Campeonato Brasileiro (1974) e cinco Campeonatos Cariocas (1977, 1982, 1987, 1988 e 1992). Obviamente, é o maior artilheiro da história do clube, com 708 gols em 1.110 jogos. Por isso, Dinamite é eterno.

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