A assembleia de votação de credores para a aprovação do processo de recuperação judicial da associação Cruzeiro, marcada para 7 e 15 de dezembro, pode ser adiada. Isso porque o Ministério Público de Minas Gerais apresentou, nesta terça-feira (29), um pedido de liminar de suspensão. De acordo com órgão, há indícios de irregularidades na lista de créditos.
“A notícia crime (…) relata que a empresa em Recuperação Judicial teria inserido, na sua listagem de credores, créditos inexistentes, com beneficiários relacionados que já receberam a totalidade do seu crédito (judicial ou extrajudicialmente). Portanto, uma tentativa de fraudar a votação do plano de recuperação judicial, e, em tese, essa conduta infringiria os crimes previstos nos artigos 168 e 171 da Lei 11.101/05”, escreveu o Ministério Público, requerendo que os indícios de fraude sejam objeto de averiguação.
Em caso de suspensão, em razão da proximidade da primeira data da assembleia, os administradores judiciais terão tempo para examinar os créditos inseridos na lista. Além disso, também trão ciência da notícia crime realizada por diversos credores. Entre eles, estão os ex-dirigentes Valdir Barbosa e Flávio Pena Medeiros, o técnico Enderson Moreira e os ex-jogadores Maurinho e Soares.
Na data da assembleia de recuperação judicial do Cruzeiro deverá se realizada a votação para que os credores da estabeleçam as condições de pagamento do plano apresentado para pagamento da dívida de R$ 537 milhões.
Comentários