Quando treinou o Atlético, entre 2011 e 2013, em algum momento, o jogo do Galo ficou muito conhecido pelos adversários: chutão para frente, briga de Jô no alto pela primeira bola e Pierre e Leandro Donizete na disputa pela segunda bola. Esse estilo, com outros em equipes treinadas depois, criou o “Cucabol”. Em sua apresentação, na tarde dessa quarta-feira, na Arena MRV, Cuca disse que na oportunidade aproveitava características de jogadores, mas não se prende a isso.

Cuca disse que terá de reduzir o número de jogadores no Atlético – Pedro Souza / Agência Galo / Clube Atlético Mineiro

“Eu não vejo que tenha que ter um centroavante estilo Jô ou volante do estilo do Pierre. Você pode ter jogadores diferentes, que tenham boa marcação e saída para o jogo boa também. Se você não tiver a referência dessa primeira bola – e em alguns jogos ela é importante -, você tem outras situações, como tem o Vargas, o Tardelli, o Sasha. Você perde alguma coisa em algum sentido e ganha em outras situações, que são os jogadores versáteis, que têm movimentação, que saem da posição de centroavante para abrir espaço para fazerem diagonais. Tudo isso tem que ser pesado. Não diria hoje que a gente precise desses jogadores. Vamos sentir nos treinamentos e nos jogos a necessidade ou não desse tipo de jogador”, avaliou Cuca.

Outra situação que chama atenção no Atlético é que atualmente o Galo não conta com um volante de forte marcação, como Pierre e Leandro Donizete. Essa dupla, inclusive, foi pedido de Cuca logo quando chegou ao clube mineiro, em 2011. O treinador, porém, disse que isso não é fundamental e alertou para a grande quantidade de jogadores no elenco.

“Da última vez, a gente aproveitou bem a base. Foram importantes jogadores. Hoje, o Atlético tem 45 jogadores. É impossível trabalhar com 45 atletas. Você não vai ter o trabalho bem desenvolvido, não vai contentar a todos os jogadores, e o trabalho não vai ser de excelência. Tem que diminuir esse número de jogadores. Alguns tem que ser emprestados. As vezes eles pegam corpo, pegam know how, para voltarem ou serem vendidos. Já fiz isso em diversos clubes. Não há outra saída além de baixar o número de jogadores. Se tiver meninos despontando, automaticamente eles vão ser escalados. Eu tenho acompanhado o Campeonato Mineiro. A gente vai utilizando todos conforme a necessidade”, finalizou.

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