Principal jogador da Seleção Brasileira, Neymar concedeu uma entrevista ao ‘ge’, nesta sexta-feira (11), na véspera da viagem da delegação brasileira para Turim, onde o grupo vai se concentrar antes da viajam para o Qatar. O camisa 10 vai disputar o terceiro Mundial de sua carreira e garantiu que pode ser o último. Ao todo, Neymar tem 121 jogos pela Seleção Brasileira, com 75 gols marcados, e pode se consolidar como grande jogador do Brasil depois de Pelé.

“Acho que é mais do que imaginava, do que eu sonhava. Mas nunca pensei em números, nunca quis ultrapassar ninguém, bater recorde. Sempre quis só jogar futebol. Esse era o meu sonho, o que eu projetava para mim. Claro que jogar pela Seleção Brasileira era o meu sonho. Mas só de jogar pela Seleção é algo surreal. Era um sonho que eu não estava realizando só para mim, mas para os meus amigos, que não conseguiram jogar profissionalmente, para o meu pai, para o meu avô, e para a minha família”, explicou Neymar.

A última Copa do Mundo?

Desta vez, Neymar chega para a Copa do Mundo em grande fase com a camisa do PSG e sem problemas de lesão que o atrapalharam nas outras edições. Além disso, o camisa 10 da Seleção deixou em aberto a possibilidade de ser o último Mundial de sua carreira. Mas o craque deixou claro que vai jogar “como se fosse a última”.

“Eu vou jogar como se fosse a última. Falo com o meu pai, a gente sempre conversa, jogar cada jogo como se fosse o último porque você não sabe o dia de amanhã. Eu não posso te garantir que vou jogar outra Copa ou que vou… Eu sinceramente não sei. Mas vou jogar como se fosse a última. Pode ser que eu jogue outra, pode ser que não. Depende… Vai mudar de treinador, não sei se o treinador vai gostar mim”, disse o camisa 10.

Neymar vai disputar sua terceira Copa do Mundo pela Seleção Brasileira – Lucas Figueiredo/CBF

Críticas e cobranças por “ser Neymar”

Durante os amistosos da Seleção Brasileira contra Coreia do Sul e Japão, Neymar concedeu uma entrevista na Ásia, em junho, e comentou um pouco mais sobre as “críticas injustas” que sofreu em alguns momentos de sua carreira e falou sobre a dificuldade (ou não) de ser o Neymar.

“Depende do ponto de vista, do jeito que você olha. Para mim, não. Tem muitas cobranças? Tem. Cobranças injustas? Sim. Tem coisas que são fundamentais e te fazem bem? Sim. Mas eu pego para mim. Também existem injustiças por você ser o Neymar. Mas não posso estar alcançando números hoje sem ter me cuidado, sem ter treinado, sem ter batalhado para conquistar isso tudo. A cada jogo que passa eu bato um recorde à toa? Não é à toa. Trabalhei para isso, treinei para isso, deixei de fazer muita coisa para isso. As críticas injustas, nesse sentido, me ferem muito porque ninguém conhece a realidade que eu passo. Mas ninguém sabe do meu dia a dia, ninguém tá ali comigo pra isso”, desabafou.

“As pessoas que estão ao meu redor, que são mais próximas de mim, realmente sabem o que eu faço para estar bem, para estar 100%, para não sofrer lesão. Mas as lesões acontecem, fazem parte do atleta, do jogador de futebol. Infelizmente elas vem em momentos que você não quer. Mas faz parte. Eu me cuido todo dia, me preparo para isso, faço as coisas que eu tenho que fazer para exercer um bom futebol no jogo. O dia que eu não quiser mais me cuidar, eu não vou jogar futebol. Mas já construí uma longa história na Seleção e, com certeza, eu quero finalizar ela muito bem”, concluiu.

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