Tite segue em busca de soluções para aprimorar o setor de criação da Seleção Brasileira, algo que historicamente nunca foi um problema. O treinador sabe que precisa de opções para suprir a dependência de Neymar, que falhou muito em suas tentativas de superar a defesa da Colômbia no empate em 0 a 0, em Barranquilla, pelas Eliminatórias Sul-Americanas.
Com liberdade do meio para frente, Neymar rende melhor quando atua centralizado, mas pode cair pelos lados conforme a necessidade do jogo. Tite, porém, sabe que deixar o camisa 10 afastado das pontas é crucial para melhorar a ofensividade da Seleção, por conta da qualidade para driblar, encontrar passes para os atacantes e sofrer faltas, causando situação de perigo para o adversário.
Diante dos colombianos, não funcionou. Mas Neymar continua sendo o homem com maior poder de criação da equipe, o que o torna insubstituível na cabeça do técnico, já que pode decidir a partida em um drible ou passe. O problema é que a Seleção não pode ficar refém de um único modelo de ataque. E aí é que Raphinha pede passagem.
Tite repetiu o 4-4-2 do jogo contra a Venezuela, mas com Gabriel Barbosa e Jesus no comando de ataque. Foi apenas quando o ponta desconhecido do Leeds United (ING) entrou e em poucas jogadas foi mais perigoso do que todos os outros homens de frente juntos que os testes começaram a funcionar. A lentidão na circulação de bola e a movimentação inoperante dos atacantes deram lugar às investidas pelos flancos seguidos dos cortes em diagonal em direção à área para desespero dos defensores colombianos. O roteiro já havia sido parecido diante da Venezuela.
Nada impede que Neymar busque os lados em situações de necessidade, mas com a volúpia mostrada por Raphinha, o camisa 10 deve ser o primeiro a torcer por mais oportunidades para o novato na Seleção. Na próxima quinta-feira (14), os comandados de Tite enfrentam o Uruguai, às 21h30, na Arena da Amazônia, em Manaus, no último jogo desta rodada tripla das Eliminatórias.
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