O Flamengo estreia no Mundial de Clubes nesta terça-feira (7) e a expectativa pelo confronto contra o Al-Hilal é gigante. O sentimento de viajar pelo planeta atrás de seu time do coração em busca do título mundial é algo indescritível. Em Marrocos, milhares de flamenguistas fazem a festa e estão confiantes que, após 42 anos, o Mais Querido pode pintar o mundo de vermelho e preto novamente. Assim, o Jogada10 conversou com o Raphael Mariz, carioca que já está em solo marroquino ao lado do Flamengo.

Com 26 anos, Raphael Mariz, sempre que pode, está com o Flamengo em momentos únicos na história do clube. O médico esteve em Lima, no Peru, na conquista do bicampeonato da Libertadores. Agora, no Marrocos, ele quer a cereja do bolo: o mundo!

“Estou acostumado a viajar atrás do Flamengo, seja em jogos do Brasileirão ou das Copas, aqui no Brasil e fora. Tive a oportunidade de assistir a final da Libertadores em Lima, em 2019, e em Montevidéu, em 2021. Infelizmente, não consegui ir na final da Libertadores ano passado, mas com certeza em 2019 foi aquele roteiro incrível, de filme. Graças a Deus eu pude estar lá e presenciar tudo”, afirmou Raphael Mariz.

“Esse ano é a cereja do bolo, é o título que falta (Mundial). Um momento mais que especial ver o Flamengo disputando um Mundial de Clubes. Aliás, vindo esse título, completarei o jogo: título da Libertadores no estádio. Agora, o Mundial, se Deus quiser”, completou.

Raphael Mariz, torcedor do Flamengo, em Casablanca, no Marrocos – Arquivo Pessoal

Primeiros dias no Marrocos

O Mundial de Clubes proporciona a mistura de culturas de povos distintos. Assim tem sido no Marrocos, com manias, costumes e tradições diferentes do Brasil. Raphael detalha alguns pontos que chamou a sua atenção em seus primeiros dias no país africano. Mas, assim como no país tropical, a torcida pelo Flamengo é grande no Marrocos.

“Esses primeiros dias no Marrocos têm sido incríveis. É um país com uma cultura totalmente diferente. Temos que nos adaptar totalmente a cultura local, tanto em relação com as bebidas alcoólicas, quanto a vestimentas, principalmente das mulheres, por exemplo. Mas é uma troca de cultura bem bacana que estou gostando bastante”, explicou.

Raphael e amigos no Marrocos – Arquivo Pessoal

“Tem bastante flamenguista, mas ainda estão divididos. Eu fiquei em Casablanca e, nesta segunda, estou indo para Tânger, sede da estreia do Flamengo. Tem flamenguistas no Saara, em Rabat, em Tânger, em Marraquexe, por todo o país. Aliás, toda vez que o povo marroquino vê alguém com a camisa do Flamengo é uma festa! Gritam o nome do clube. A maioria já deixou claro que torcerá pelo Flamengo no Mundial de Clubes”, disse.

Confira outras respostas do torcedor do Flamengo

Trabalho de Vítor Pereira

“Vejo que o Flamengo ainda está em ritmo de pré-temporada. Na verdade, como todos os outros times. É complicado, com esse calendário maluco, você já exigir que um time comece a temporada em alto nível, principalmente quando vem um técnico novo. Mesmo não mudando o esquema de jogo, com certeza tem uma filosofia diferente e outro método de trabalho. Então, aquele famoso clichê: tem que dar tempo para o cara trabalhar. Falta preparação física. Contra o Palmeiras ficou nítido, a parte física pecou bastante.”

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“Mas, como disse, é início de temporada. É um jogo para o nós chegarmos na final. Tudo ou nada. Tem que dar o máximo. Aliás, na minha opinião, para esse Flamengo deslanchar, o Vítor precisa ter tranquilidade para trabalhar. Ele já mostrou no Corinthians que é um bom técnico. No entanto, agora, com um elenco muito melhor, a tendência é que ele consiga fazer um grande trabalho.”

Vítor Pereira durante a preparação do Flamengo para a estreia no Mundial – Marcelo Cortes/Flamengo

Flamengo tem chances em uma hipotética final contra o Real Madrid?

“Realmente é uma mudança de prateleira muito grande quando se fala de time brasileiro e time europeu. Mas, Flamengo é isso, acreditar sempre. Obviamente que o time do Real Madrid é superior, mas temos um time bom, com jogadores decisivos. Vamos dar a vida dentro de campo. Em um jogo tudo pode acontecer. Aliás, felizmente o Real Madrid, mesmo sendo uma potência, não vive o seu melhor momento. Tem que jogar o jogo da vida! O Flamengo tem chance, sim, é o jogo da vida.”

Possível reencontro com Vinícius Júnior

“Acho um reencontro sensacional. Aliás, foi ótimo, para todos os flamenguistas, ver o que o Vini se tornou para o futebol mundial. Enfrentar ele em uma final de Mundial, justamente o Flamengo contra o Vini Jr. e o Vini Jr. contra o Flamengo, é muito gratificante. Espero que nesse jogo ele não vá bem (risos), que a gente consiga ganhar. Mas, o carinho que cada flamenguista tem por ele e, claro, ele pela gente, é indescritível. Vai ser um momento bem bacana.”

Se Gabigol marcar o gol do título, o atacante chega ao panteão de Zico?

“Falar do Gabigol é se tornar repetitivo. O que ele vem fazendo com a camisa do Flamengo é algo assustador. Aliás, será inevitável, se ele continuar assim, que ele não alcance um patamar maior. Mas, acredito que passar do Zico não tem como, ninguém vai passar. Existe o primeiro degrau que é o deus, o Zico, e existem os mortais. Na escala dos mortais, se o Gabigol continuar desse jeito, se conquistar esse Mundial com gol dele, ele pode ser, sim, o primeiro da prateleira abaixo do Zico. Grande ressalva para Leandro, Júnior.., mas, realmente, Zico é deus.”

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