O desnível entre os árbitros da Série A do Campeonato Brasileiro é enorme. Temos pouquíssimos que apitam com segurança e não usam o VAR como muletas para amparar as suas decisões em campo. Mas, na maioria das vezes, vemos árbitros inseguros, completamente perdidos. Pior: deixam de marcar o óbvio, inventam faltas, assinalam pênaltis duvidosos e ignoram outros.

No entanto, o problema também passa pelo comando da arbitragem. Não deveríamos ter no mesmo quadro aqueles que deixam o jogo correr e os que param a partida a cada minuto. É preciso ter um padrão. Ou optamos por uma arbitragem de contato ou por uma de faltinhas. As duas, no mesmo campeonato, não dá!

E há ainda algo mais aflitivo: temos uma arbitragem para dentro da área e, outra, para lances que ocorrem fora. O árbitro das faltinhas, por exemplo, só as vê na área a favor dos zagueiros ou em jogadas sem importância entre as intermediárias. Já os que deixam a bola correr adoram dar uma faltinha para a defesa, o famoso perigo de gol.

Os pênaltis com toque na mão são marcados – ou não – dependendo do dia da semana, do humor do árbitro ou do peso da camisa. Não há padrão. E não há a divulgação das conversas com a cabine do VAR. Caixa-preta, segredo, algo injustificável.

Os diálogos deveriam ser divulgados, de preferência ao vivo, sobretudo em consideração ao torcedor, razão de ser do espetáculo. Também seria uma questão de respeito ao esporte que mobiliza milhões de brasileiros e bilhões em dinheiro! Na era do VAR, não basta soprar ou engolir o apito e conferir depois a imagem. É preciso transparência porque o silêncio torna tudo muito duvidoso, como um lance polêmico em que jamais veremos o replay…

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