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Em meio à crise nas quatro linhas, o Vasco somatiza problemas com a arbitragem e aparece em um novo embate com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF): o terceiro apenas em 2021 se contabilizada a reta final da temporada passada. Depois da nova falha do VAR em São Januário e o empate com o Brasil de Pelotas, pela Série B do Brasileiro, o Cruz-Maltino criticou severamente a entidade máxima do futebol brasileiro, prometendo estudar o caso e adotar medidas cabíveis.

Daniel Amorim, atacante do Vasco, aparece em posição legal antes de balançar a rede do Brasil-RS – Reprodução de TV

Os dois pontos que ficaram pelo caminho na sexta-feira (3) ampliaram a tensão nos bastidores do clube, que segue sem se aproximar do G4 na luta pelo acesso à elite.

O Vasco buscava a reação depois de largar atrás no placar contra o Xavante. Daniel balançou a rede, mas a arbitragem marcou impedimento. O VAR não conseguiu traçar a linha do atacante, prevalecendo, assim, a decisão do campo.

Em fevereiro, em um duelo de vida ou morte diante do Internacional também na Colina, o enredo foi parecido. Naquela ocasião, a CBF alegou que as linhas estavam “descalibradas”, não permitindo a constatação se Rodrigo Dourado estava ou não em posição regular. O gol abriu o placar para o triunfo por 2 a 0 do Colorado.

O clube carioca recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para anular a partida, mas não foi atendido. Para piorar, veio o rebaixamento no saldo de gols, por estar com a mesma pontuação do Fortaleza.

Em episódio recente, depois da eliminação nas oitavas da Copa do Brasil para o São Paulo, o diretor executivo de futebol Alexandre Pássaro nao economizou críticas ao árbitro Anderson Daronco e a Leonardo Gaciba, presidente da comissão de arbitragem da CBF. “A quem o Gaciba responde na CBF? Porque do jeito que está, parece que está tudo liberado, sem que haja interferência de ninguém”.

O terceiro e, até o momento, último ato deste embate contra a entidade contou com o técnico Lisca e, mais uma vez, Pássaro. Ambos  destacaram a inoperância do árbitro de vídeo como “erro grotesco e inadmissível”.

“Vamos ver se vai ter alguém da comissão de arbitragem disponível na segunda-feira, com emenda de feriado, para resolver o problema do futebol brasileiro. Penso que não. Devem estar com o feriado estendido. Até porque a agenda do presidente da comissão de arbitragem é invisível e ocupada, já que ninguém consegue falar com ele”, ironizou o dirigente, em trecho do pronunciamento.

Para o duelo desta segunda contra o Avaí, às 20h, na Ressacada, Lisca garantiu que o cenário não mudou: é preciso vencer para não se afastar do pelotão da frente. Seis pontos afastam o Vasco (nono colocado) do último integrante do G4, o Goiás, com 38.

“O panorama é o mesmo. Precisamos de nove a dez vitórias. Precisávamos de dois a três empates. Tivemos esse empate. A frustração veio pelo resultado, não pela atuação. Agredimos o tempo todo. A partir de agora temos que ser bem assertivos e erro zero nos próximos jogos porque estamos em estado de emergência”, detalhou Lisca.

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