Roberto Assaf

O óbvio no Mineirão

Atlético 2 a 0. Basta examinar as escalações, antes do jogo, para perceber que o Atlético, ainda com a vantagem de jogar no Mineirão lotado, será muito superior. É praticamente impossível vencer com Mateuzinho, Andreas Pereira e Vitinho.

Marinho e Arrascaeta tentam se entender na derrota do Fla para o Atlético – Gilvan de Souza/Flamengo

Curioso é que o Flamengo, no comecinho, criou duas chances, mas depois, óbvio diante do quadro, preferiu a cautela, permanecendo atrás, para quem sabe, acertar um contra-ataque. Na realidade, é muito difícil que um time da qualidade do Atlético, na situação que a partida apresentava, com a bola nos pés, e o jogo na mão, não fizesse pelo menos um gol em 45 minutos, o que acabou ocorrendo pouco depois de meia hora, com Nacho Gonzalez.

Com o placar de 1 a 0, restava ao Flamengo, diante do que se via, evitar o pior, e ao time de Minas aproveitar os prováveis desacertos dos cariocas, na etapa derradeira, para ampliar. A esperança da torcida rubro-negra estava restrita ao intervalo. Caso Dorival Júnior fizesse mudança radical, sacando as três peças inúteis citadas, ainda poderia uma reação, embora mesmo assim, na teoria, algo improvável.

O Atlético não mexeu. E das três substituições sugeridas, o técnico fez duas, lançando William Arão e Marinho. E por algum tempo, o que houve foi equilíbrio, sem muita emoção. O resultado de 1 a 0, no entanto, e por incrível que possa parecer, mantinha o placar aberto.

Aos 15 minutos, Nacho Fernandez acertou Arrascaeta, para quebrar, e o juiz brasileiro da Copa sequer foi ao VAR. Um gol do Atlético, que não acerta o último passe, mata o jogo. E do Flamengo, pois no futebol tudo é possível, mantém o suspense. E Nacho também tomou a sua. Vida que segue. Treinadores promovem trocas. A equipe da casa parece que está dando chance ao azar. E a visitante por uma bola.

Aos 84, Hulk aparou para Ademir, que fez 2 a 0. O Atlético fez as pazes com a vitória, e dadas as circunstâncias, a possibilidade de ainda brigar pelo título. E o Rubro-Negro continua na briga contra o rebaixamento. Isso, no plano geral, pelo visto, vai até o fim.

*Este texto não reflete, necessariamente a opinião do Jogada10

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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