O pior momento de sua história de 123 anos: a realidade do Vasco acena com a necessidade de uma série de medidas drásticas em meio a um cenário caótico dentro e fora de campo. Críticas severas à gestão encabeçada pelo presidente Jorge Salgado, há pouco mais de sete meses no comando, dão o tom no clube. E a situação só piora.

Alexandre Pássaro e Jorge Salgado sofrem fortes contestações de suas gestões no Cruz-Maltino  – Divulgação/Vasco

Frágil no aspecto individual e coletivo desde o começo da Série B, a equipe acumula repetição de erros amplamente conhecidos e distribuídos entre os setores. Apesar da mudança no comando técnico, com a saída de Marcelo Cabo e a chegada de Lisca, as falhas em desfile aberto não permitem ao torcedor o sonho com o acesso à elite.

Na derrota para o Avaí, na noite de segunda-feira (6), a nona em 23 rodadas, o time cedeu três gols ao adversário, foi apático, facilmente envolvido pelo rival e não teve qualidade para buscar a reação. Como consequência de mais uma atuação pífia, viu o caminho de volta à elite ficar ainda mais distante – o Cruz-Maltino ocupa o nono lugar, seis pontos atrás do G4, a 15 rodadas do fim do campeonato.

Logo após o revés em Florianópolis, as redes sociais bombaram com uma enxurrada de manifestações de torcedores, prática que se repete a cada resultado negativo. Mobilizações internas por parte da oposição e até mesmo da situação com o rumo traçado pelo departamento de futebol também ganham espaço no cotidiano do clube.

Apesar dos dois reforços anunciados – o atacante equatoriano Jhon Sánchez e o zagueiro Walber -, a gestão de futebol adota postura questionável, limitando-se a se posicionar quase que unicamente por meio de notas oficiais. Conselheiros do clube cobram a cúpula por respostas a curto prazo, mas o silêncio transparece em si abatimento e incapacidade de reação da diretoria frente ao atual momento.

Uma inesperada permanência na Série B agravaria consideravelmente a crise financeira do Vasco, acostumado a receitas acima das que têm buscado se adaptar nesta temporada repleta de desafios e adversidades.

Na esfera judicial, mesmo com a decisão favorável pela suspensão do Regime Especial de Execução Forçada (REEF), o clube precisará apresentar um plano de pagamento dos R$ 93,5 milhões de dívidas trabalhistas, e o mesmo ser validado ou não pela Justiça.

Enquanto São Januário ferve, a comissão técnica liderada por Lisca terá a segunda semana livre de jogos para trabalhar com o elenco até o compromisso do dia 16, fora de casa, contra o CRB. Seis pontos separam o Vasco (32) do último integrante do G4.

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