Felipe David Rocha

O VAR que não fala ‘Brasileiro’

Um escândalo atrás do outro apesar do VAR. Ou seria por causa dele? A vítima da vez (e de novo!) foi o Botafogo. E por pouco o estrago não ocorreu em dose dupla na derrota para o Red Bull Bragantino. Menos mal que no primeiro lance o árbitro manteve sua decisão inicial ao não considerar intencional o toque de mão de Victor Luis. Na jogada seguinte, bola na mão dentro da área desviada de um alvinegro para outro (Benevenuto e Kanu) e mais uma pausa para longa análise no vídeo. Desta vez o árbitro assinalou o toque do zagueiro e, depois de verificar na “tela da verdade”, novamente manteve sua decisão inicial. O resultado negativo deixa o Botafogo a um degrau do fundo do poço, na penúltima colocação do Brasileiro.

O VAR busca corrigir erros, mas eles continuam desfilando pelos gramados. São interpretações equivocadas, critérios que precisam ser melhor explicados e falta de padronização. Não existe um nivelamento entre os árbitros. Cada um tem sua visão particular de avaliação. Uns controlam mais o jogo, outros deixam a bola correr. Mas qual a regra universal que precisa ser adotada? Basta vermos como os juízes estão tratando a bola na mão dentro da área. Nota-se a insegurança da maioria, amparados pelo irmão super protetor: o VAR, mas que, na verdade, ainda engatinha na Terra Papagallis.

Não é de hoje que a mediocridade acompanha a CBF, e o contexto a que Leonardo Gaciba e seus comandados estão inseridos é de um desgaste incomensurável. Um ou outro equívoco até é admitido, a exemplo do ocorrido em Atlético-MG x São Paulo, quando um gol de Luciano foi absurdamente anulado. Posteriormente, a diretoria tricolor fez uma incursão à entidade para reclamar, e Gaciba reconheceu o erro da arbitragem. No jogo seguinte dos paulistas, ele mudou o árbitro de vídeo e não viria a público explicar se a imprensa não o questionasse.

De forma vergonhosa, a entidade máxima do futebol brasileiro varre erros graves para debaixo do tapete. O leitor já parou para pensar por que a arbitragem não se pronuncia? Por que os áudios do VAR não são divulgados conforme prometido no ano passado, com o acesso às imagens em tempo real? Sou a favor de uma coletiva de imprensa 24 horas após encerramento de rodada. Em nome da lisura, já que a transparência é premissa básica para o bom andamento da corte. Para o sucesso do espetáculo. E em respeito às cifras elevadíssimas investidas no esporte bretão que eleva a autoestima de seus correligionários.

Ah, e por que a comissão de arbitragem não divulgou as imagens do gol duvidoso do Fortaleza no jogo de sábado passado contra o São Paulo? No fim, triunfo paulista por 3 a 2.  Agora foi o Flamengo quem se sentiu no direito de pedir mudança na arbitragem. Por que vale para uns e não para outros? Exceção à regra? Não no Brasil.

Felipe David

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