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Pelé agora está no dicionário. Depois dos campos, das telas, das histórias em quadrinhos, Pelé foi eternizado como termo da língua portuguesa. Nada mais justo com aquele que além de substantivo, também adjetivou muita gente. Ser um Pelé é talvez a maior honraria que uma pessoa possa receber. É ser o maioral, o inigualável, o incomparável, o que dispensa apresentação, crédito, qualquer tipo de identificação exigida. Ser um Pelé basta.

Anúncio de que Pelé será um verbete no dicionário foi feito durante o evento Summit Sports em São Paulo
Reprodução/SporTV

Conheci alguns “Pelés” ao longo da carreira de jornalista e na vida. A maior parte deles tinha uma característica marcante em comum: a humildade. Talvez, seja parte fundamental do novo verbete do dicionário. “Refere-se ao maioral, mas que apesar do reconhecimento alheio, mantém sua humildade para compartilhar seu conhecimento”.

Para ser um Pelé não basta ser bom apenas no que você faz, tem que ser bom fora também do ambiente de trabalho. Tem que querer ser exemplo e dar exemplo. Tudo bem, Pelé cometeu seus erros e não foram poucos. Mas, quem não erra? A diferença daqueles que são “Pelés” pros demais, é que eles reconhecem o erro, pedem desculpas e seguem adiante – sem repeti-los.

Ver tantas homenagens ao Maior de Todos – como o minuto de silêncio nos jogos das competições Sul-Americanas, no Brasileirão, o verbete no dicionário – faz com que eu lamente ainda mais por não ter tido o prazer de vê-lo jogar, entrevista-lo e, acima de tudo, ter convivido com o Rei. Os afortunados, certamente, nunca se esquecerão e trarão sempre em sua memória as histórias que ficaram do maior atleta do Século.  Torço para que sigamos eternizando Pelé.

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