A parte defensiva no Vasco foi sinônimo de fragilidade nos últimos seis anos. Isso porque, neste período, a equipe carioca sofreu mais gols do que marcou. A bola aérea se tornou uma pedra no sapato, além da questionável qualidade das suas opções, acumulando erros crucias que geraram os tentos dos adversários. A principal missão do Cruz-Maltino em 2023 é construir uma defesa sólida.

O ex-zagueiro do clube, Ricardo Rocha relembra que o setor defensivo foi o que mais passou por mudanças no atual elenco. Ele enxerga que Barbieri tem boas peças à disposição. Contudo, ressalta que o veredito se as escolhas foram certas virá apenas com o tempo.

“Ao meu ver, o Vasco precisava sim contratar defensores, o clube entendeu isso e foi buscar três opções no mercado. Na minha opinião, são cinco bons zagueiros no elenco (Capasso, Léo, Miranda, Robson e Zé Vitor). A reformulação era necessária, mas não é possível implementar um estilo de jogo de um dia para outro. Com o tempo vamos saber se as escolhas da diretoria foram corretas”, explica o ex-defensor do Cruz-Maltino.

Ricardo durante sua passagem pelo Vasco – Reprodução/Instagram pessoal Ricardo Rocha

Peças na zaga do Vasco

Neste terceiro episódio, o Jogada10 apresenta uma análise das opções de zagueiro no elenco do Vasco

Contratações para a temporada

Léo foi uma das principais contratações na temporada até aqui. O camisa 3 se tornou peça fundamental no esquema de Barbieri pela sua qualidade no passe. Desse modo, se tornou peça-chave para a eficiente saída de bola da equipe.

Léo Pelé arrisca passe durante partida entre Vasco e Volta Redonda pelo Carioca – Daniel RAMALHO/VASCO

Prova disso é que o defensor foi o líder de passes certos do clube de São Januário na campanha no Estadual. Ele acertou 482 passes e teve um aproveitamento de 95%. O atleta também vem se destacando pela liderança dentro e fora de campo. Léo chegou como a terceira opção de capitão, mas com a saída de Nenê e Conceição, se tornou o primeiro da fila.

Capasso comemora gol de cabeça durante semifinal do Carioca entre Vasco e Flamengo – Daniel Ramalho/VASCO

Seu companheiro de zaga é Capasso, outro reforço desta janela. O argentino fechou com o clube durante a disputa do Carioca. Até aqui foram apenas cinco partidas, mas já demonstrou ter como pontos fortes a bola aérea e as antecipações. No entanto, o início de trajetória no clube ficou marcada pelas falhas nos jogos da semifinal do Estadual.

Robson Bambu chegou ao Cruz-Maltino por empréstimo até o final da temporada junto ao Nice, da França. Iniciou a temporada como titular, mas devido a uma lesão muscular na coxa, ficou um período sendo desfalque. Em apenas três partidas não conseguiu se destacar positivamente.

Opções oriundas da base

Miranda ganhou espaço entre os 11 iniciais após a contusão muscular do camisa 30 e engatou uma sequência de nove partidas, sendo sete como titular. Como fiou mais de um ano sem atuar por conta de punição por doping, necessita de minutagem para recuperar o bom desempenho.

Miranda durante sessão de treino do Vasco no CT Moacyr Barbosa – Daniel Ramalho/CRVG

Enquanto, o jovem Zé Vitor foi acionado em três oportunidades todas elas no Estadual. Mesmo ainda sem muito espaço, a tendência é de que a situação mude com a saída de Anderson Conceição. Ele se destaca pela qualidade técnica e polivalência. Como atua preferencialmente pelo lado esquerdo, deve ser o substituto imediato do Léo.

Zé Vitor carrega a bola em confronto entre Vasco e Audax pelo Carioca – Daniel Ramalho/Vasco

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook

Comentários