O Vasco recebeu o suporte das suas principais torcidas organizadas na briga para entrar na licitação do Maracanã. Isso porque seus torcedores divulgaram uma nota defendendo o posicionamento da diretoria do clube em buscar o seu direito de utilizar o estádio. Inclusive, condenaram a atual administração do estádio em que Flamengo e Fluminense são responsáveis.

A retomada da relação entre o Cruz-Maltino e o palco é, principalmente, uma das prioridades da 777 Partners desde que assumiu o departamento de futebol. A equipe carioca não mandava uma partida no Maracanã pela Série A havia pouco mais de três anos.

Além disso, a empresa norte-americana propõe como uma das sugestões a aplicação de uma tecnologia mais eficiente no gramado. A ideia é permitir que o campo consiga receber compromissos das três equipes interessadas sem sofrer grande desgaste.

Torcida do Vasco lota Maracanã para duelo com o Palmeiras – Daniel Ramalho/Vasco

Na campanha da Segunda Divisão o clube utilizou o estádio em duas oportunidades: os duelos com Cruzeiro e Sport. Aliás, no segundo jogo, o Vasco precisou entrar na Justiça para conseguir usar o palco.

Vasco acionou a Justiça mais uma vez para usar o Maracanã

O Cruz-Maltino precisou, então, recorrer mais uma vez a esse recurso para mandar a partida com o Palmeiras, no último domingo (23), no Maracanã. Afinal, a dupla Fla-Flu novamente tentou dificultar tal situação.

A propósito, o departamento jurídico do clube enviou uma liminar com um mandato de segurança para a Casa Civil. O objetivo desta atitude é solicitar um chamamento público por parte da instituição para uma disputa pela concessão provisória do palco. Desse modo, tentando a sétima renovação seguida para Flamengo e Fluminense sem concorrência.

De acordo com o prazo de quatro dias concedidos pela Justiça, o Governo do Estado tem até esta segunda-feira (24) para se posicionar sobre o assunto.

Vale ressaltar que a licitação temporária do Maracanã da dupla Fla-Flu termina nesta terça-feira (25).

Confira, enfim, a manifestação das torcidas organizadas do Cruz-Maltino

“A história do Vasco nunca foi fácil e os vascaínos nunca esperaram que fosse. Há um orgulho especial em bater no peito e constatar que o que define o Club de Regatas Vasco da Gama são seus valores e sua história. E a marca que eles são capazes de deixar no mundo e na sociedade ao seu redor.

Foi assim há um século atrás na luta contra o racismo e o preconceito social, como é hoje na briga para que os vascaínos possam acompanhar seu time de coração no Maracanã, um equipamento público que pertence a todos os clubes do Rio e suas torcidas.

Ontem, graças à intervenção da Justiça, 60 mil torcedores do Vasco foram autorizados a entrar no Maracanã para assistir a uma partida de seu time. Não era para ser assim. Infelizmente, a atual gestão provisória do Maracanã, comandada pelo rival, decidiu fazer do Maracanã um espaço para uso privativo de apenas dois clubes.

O Estádio Mário Filho é um patrimônio do futebol do Rio de Janeiro. Aliás, nosso Clube faz parte desta história e, por princípio, os vascaínos não aceitam que o estádio seja um equipamento de usufruto de apenas parte dos cariocas, representados por algumas instituições esportivas em detrimento de outras.

Nesta terça-feira (25/4/2023), termina a atual permissão precária do Maracanã, que foi renovada “emergencialmente” seis vezes seguidas, sem concorrência, com o mesmo permissionário.

Os torcedores do Vasco apoiam o pleito do Clube de ter o direito de apresentar uma proposta ao Estado para assumir o próximo contrato provisório do Maracanã, enquanto a licitação pública não é realizada. Como no futebol, o vencedor deve ser definido numa disputa justa, e nunca por exclusão.

Por tudo isso, rogamos às autoridades que façam o que é certo. Que estabeleçam um processo simples e justo, com oportunidades iguais para todos os interessados na gestão provisória do Maracanã. dessa forma,  da nossa parte, apoiamos integralmente o compromisso do Vasco da Gama de garantir um Maracanã aberto a todos os clubes e suas torcidas, em igualdade de condições.

Abrir mão do Maracanã seria abrir mão de direitos de parte da população carioca. Seria abrir mão, portanto, de cidadania e de um Maracanã de todos.

Os vascaínos não abrem mão de seus princípios. A torcida do Vasco não abre mão do Maracanã

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