O Jogada10 entra no túnel do tempo e retorna a 2012, ano dos Jogos Olímpicos de Londres (ING). Naquela ocasião, o Brasil, com um elenco de dar inveja, terminou a competição com a medalha de prata. Goleiro titular a partir da terceira partida e convocado em cima da hora pelo técnico Mano Menezes, Gabriel, ex-Cruzeiro e Milan (ITA), deu dicas valiosas aos marinheiros de primeira viagem que estão em Tóquio (JAP), a três jogos do lugar mais alto do pódio.

“Estava com 19 anos quando fui chamado para representar o Brasil na Olímpiada. É uma idade para sonhar. Quando a gente é moleque, fazemos as coisas por impulso e não pensamos naquilo que estamos vivendo, por isso, não tive frio na barriga ou ansiedade. O conselho que posso dar é: aproveitem o momento e façam o melhor, pois a Seleção de 2021 é uma equipe muito qualificada. O Brasil não tem mais a obrigação de vencer. O peso acabou em 2016, com o ouro”, ressalta Gabriel, hoje na Lecce (ITA), em entrevista exclusiva ao J10.

Na lista de espera, Gabriel foi chamado por Mano após lesão de Rafael, ex-Santos – Vanderlei Almeida/AFP

Na Inglaterra, a Seleção Brasileira contava com Neymar, Oscar, Lucas Moura e Alexandre Pato em idade olímpica, além de Marcelo, Thiago Silva e Hulk como os veteranos chamados por Mano. A campanha, com 100% até a final, terminou com a frustração da derrota para o México por 2 a 1, em Wembley, na final. Campeão mundial e sul-americano sub-20 no ano anterior, Gabriel tem uma explicação para aquele dia, algo que serve até como um alerta para a atual geração.

“Éramos muito favoritos. Nosso grupo, individualmente e coletivamente, era muito forte. Mas a medalha era decidida em um jogo só. O México fez um gol logo no início e dificultou o nosso lado. Tivemos que mudar algumas coisas, correr atrás e perdemos nos detalhes”, recorda o goleiro, que ganhou a vaga de Neto (hoje no Barcelona), no decorrer do torneio.

Com Neymar, Seleção foi prata em 2012. Craque ganharia o ouro em 2016 – Glyn Kirk-AFP

Por outro lado, Gabriel sabe que ter uma medalha em casa não é para qualquer um.

“Estava dando uma entrevista aqui, na Itália, sobre isso. Acompanhando os brasileiros no surf, skate, judô e outras modalidades, me sinto honrado pela minha medalha de prata. A repercussão é muito grande, assim como é um sacrifício conseguir ser atleta e medalhista olímpico”, completou a fera.

Em busca do segundo ouro olímpico, o Brasil enfrenta o Egito, neste sábado, em Saitama, às 7h, pelas quartas de final.

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