Os Fla-Flus de maio na Copa do Brasil

Há um conceito histórico a respeito do Fla-Flu: o confronto é tão equilibrado, sob todos os aspectos, que é viável pensar que aquele que vai mal derrote o que está por cima. Logo, embora o Fluminense, por várias razões, seja o favorito, o Flamengo, seguindo o tal ditado, poderá, teoricamente, eliminá-lo na Copa do Brasil

O Rubro-Negro, em tempos recentes, é um freguês de caderno do Tricolor. Para não ir muito além, na decisão da Taça Guanabara, o time da Gávea só suportou um tempo. E na decisão do Estadual só conseguiu a vitória na primeira partida do duelo porque o adversário tinha a certeza absoluta da facilidade que poderia encontrar. A derrota de 2 a 0 foi uma pequena lição para o pessoal das Laranjeiras. E surpreendente para o próprio Flamengo, Mas, e o autêntico baile no jogo da volta, o 4 a 1 que poderia ser oito? Mostrou que o Fluminense adquiriu sabedoria definitiva para encarar o tradicional rival com a seriedade que o clássico exige.

Flu tem conceito equivocado. Mas…

Há duas situações distintas nesse confronto da Copa do Brasil. O Tricolor também aderiu a esse conceito equivocado de poupar titulares porque – na visão de quem o faz – o próximo compromisso é mais importante. Não é. Para clube gigante, todos são fundamentais, não importa a competição. Por isso, vez por outra quebra a cara. Agiu assim contra o Fortaleza e tomou de quatro.

Mas se jogar as duas partidas da Copa do Brasil contra o Flamengo como o fez na decisão do Estadual, com todos os titulares e uma gana de dar inveja, poderá vencê-lo com alguma folga. O problema é que terá que fechar o conjunto da obra com os cartolas e preparadores do Rubro-Negro. Ou seja, bastará que esses lorpas e pascácios mantenham o baixo nível – que com raríssimas exceções – apresentam desde o começo da temporada.

Fla à deriva

É provável que os tricolores, hoje, lamentem a ausência de Vitor Pereira, e sua fantástica incompetência. Embora saiba o Fluminense que Sampa, o Andarilho de Casilda, está dando sequência ao trabalho de desconstrução total levado adiante pelo gênio lusitano da bola. E que o Flamengo atual é uma embarcação à deriva em alto mar.

Assim, como dito, bastará ao Tricolor utilizar os titulares e o poder de decisão que mostrou na conquista do bi carioca. Assim, deixará a nau rubro-negra definitivamente sem rumo, pronta para encalhar em alguma praia distante e desconhecida.

Só há um risco para a nobreza das Laranjeiras: o Flamengo, subitamente, detonar cartolas de visão conturbada e seus inventores da roda. Mas como os confrontos acontecerão nos dias 17 e 31 de maio, é praticamente impossível que essa bênção possa ocorrer.

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