-

Nesta segunda-feira (2/11), no Allianz Parque, o Palmeiras entrou em campo pela última vez sob o comando do interino Andrey Cebolinha. Nas tribunas, o técnico português Abel Ferreira (que assumirá o time e tinha desembarcado horas antes no Brasil) viu o  time fazer um primeiro tempo espetacular, dar um nó no Atlético-MG de Sampaoli, saindo para o intervalo com 1 a 0 no placar, gol de Raphael Veiga. No segundo tempo, o Galo foi melhor nos primeiros minutos, mas em nenhum momento foi eficaz na finalização e ainda levou uma lição de contra-ataques que geraram gols de  Rony e Wesley: Verdão 3 a 0. Que aula!

Campeonato Brasileiro: Palmeiras x Atlético-MG (02/11/2020)
Raphael Veiga comemora seu gol sobre o Atlético Mineiro – Cesar Greco/Palmeiras

O Palmeiras alcança  os 31 pontos, e pula para o quinto lugar. O Galo – que sonhava em ser o campeão simbólico do primeiro turno em caso de triunfo – segue com 32 pontos, na terceira posição. Internacional e Flamengo lideram, com 35.

Primeiro tempo de almanaque

O jogo começou ótimo, com os times tocando bem a bola, de forma limpa (nos primeiros 22 minutos ocorreu apenas uma falta e mesmo assim foi uma mão na bola). O Atlético tinha um toque mais refinado e estratégias claras: passes curtos, o lateral-direito Guga preso; e deixar Arana quase como ponta esquerda.

O Galo tinha a posse, mas a pressão do Palmeiras era boa e forte, com os três homens de ataque forçando a marcação e induzindo o Galo ao erro. Foi assim que o Verdão criou todas as principais chances do primeiro tempo. As duas  primeiras com Rony (inseguro, evitou o arremate). Na terceira saiu o gol, aos 18, com excelente troca de passes que culminou com o cruzamento de Viña para o gol de cabeça de Raphael Veiga. No minuto seguinte, Wesley fez a jogada que quase gerou mais um tento (seria gol contra de Réver). O Galo sempre teve maior posse, mas sem espaço para finalizar. Deu um chute certo. Sentiu a ausência de Keno (suspenso) e a atuação nada inspirada de Marrony.

Já o Palmeiras não queria saber: roubava muitas bolas, fazia toques rápidos e mandava chumbo para cima do goleiro Everson (onze finalizações). Somente a partir dos 35 minutos foi que o Galo começou a aparecer mais, quando Savarino passou a buscar  mais o jogo, infiltrando pelo meio. Mas os poucos chutes passaram longe de Weverton.

Aula de contra-ataques

O segundo tempo começou  diferente. O Galo tratou de adiantar as linhas, empurrando o Palmeiras para a sua intermediária de defesa  e variando chuveirinhos e jogadas individuais, principalmente com Arana, seu melhor e mais perigoso jogador. Embora cometesse algumas falhas de cobertura, o Palmeiras suportou a pressão e o Galo não acertou o gol. E o melhor, passou a buscar contra-ataques. Dois deles puxados por Luiz Adriano terminou em gols. No primeiro o atacante tocou para o companheiros Rony concluir. Pouco depois, iniciou a jogada que terminou com Wesley finalizando para as redes. Que aula!

Na próxima rodada

Os dois times voltam a campo pelo Brasileirão no domingo. O Palmeiras visita o Vasco, em São Januário, às 16h (de Brasília), no jogo da TV aberta e o Atlético-MG recebe o Flamengo no Mineirão, às 18h15 (de Brasília).

 

PALMEIRAS 3 x 0 ATLÉTICO-MG

2/11/2020 – Brasileirão-2020

Local: Allianz Parque, São Paulo (SP) – portões fechados

PALMEIRAS: Weverton; Gabriel Menino, Luan, Gustavo Gómez e Viña; Felipe Melo, Zé Rafael e Raphael Veiga; Rony (Gabriel Veron, aos 34′ do 2ºT), Wesley (Danilo, aos 38′ do 2ºT) e Luiz Adriano (Willian, aos, 36′ do 2ºT). TEC: Andrey Lopes

ATLÉTICO-MG: Everson; Guga, Réver, Junior Alonso e Guilherme Arana; Jair (Franco, aos 29′ do 2T), Alan, Nathan (Calebe, aos 39′ do 2ºT) , Zaracho  (Marquinhos, 14′ do 2ºT) e Savarino, Marrony (Eduardo Sasha, aos 29′ do 2ºT). TEC: Jorge Sampaoli

Juiz: Braulio Machado (Fifa-SC)
Assistentes: Kleber Lucio Gil e Éder Alexandre (SC)
Árbitro de vídeo: Rodrigo Ferreira (SC)

Gols: Raphael Veiga,aos 18′ do 1ºT (1-0); Rony, aos 24’/2ºT (2-0), Wesley, aos 31′ do 2ºT (3-0)

Cartão Amarelo:  Gabriel Menino, Felipe Melo e Andrey Lopes  (PAL); Savarino e Jorge Sampaoli  (ATL)
Cartão Vermelho:

Comentários