“Rio 40 graus, purgatório da beleza e do caos”, costuma cantar a vascaína Fernanda Abreu. E é o que os jogadores de Palmeiras e Santos deverão enfrentar, neste sábado, a partir das 17h, no Maracanã,  na decisão da Libertadores. A Cidade Maravilhosa vive há dias uma onda de calor e na região da Grande Tijuca, onde fica o estádio, não chove há mais de 20 dias.  Na hora da partida não será diferente: a meteorologia prevê 37 graus com umidade relativa do ar de 53%.

Dr. Serafim Borges, ex-Flamengo
O doutor  Serafim Borges, que trabalhou no Flamengo e na seleção brasileira – Divulgação/Flamengo

“Horrível. É como estar dentro de uma panela de pressão e ligar o gás. Os jogadores vão suar muito e em poucos minutos estarão cansados. Aí, a torcida reclama de que eles não estão correndo,” comenta o médico do Flamengo, Serafim Borges, que trabalhou na seleção brasileira.

Ele explica que atuar nestas condições atrapalha muito o desempenho das equipes que precisarão de paradas para hidratação.

“O ideal seriam duas paradas em cada tempo. Beber muita água e molhar  a cabeça”, recomenda ele, especialista em medicina do esporte.

O Palmeiras já mostrou preocupação com o calor carioca. Tanto que treinou na quinta-feira (28), no horário da partida, no Estádio Nilton Santos, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio. A ideia da comissão técnica era avaliar a reação dos jogadores em condições semelhantes  às da decisão.

A Conmebol já avisou que vai ter parada para hidratação no primeiro e no segundo tempos.

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