O quinto clássico entre Palmeiras e São Paulo, realizado na última terça-feira (10), no Morumbi, pela Libertadores, não reservou a qualidade técnica esperada entre duas grandes equipes do futebol brasileiro, mas foi de grande importância para a equipe alviverde. Foi o melhor Choque-Rei do Palestra em cinco confrontos contra o Tricolor Paulista e o primeiro que o torcedor palmeirense pode comemorar. Não uma vitória, mas uma vantagem, nas quartas de final.

Abel Ferreira ainda não venceu o São Paulo em sua passagem pelo Palmeiras – Cesar Greco/Palmeiras

O empate em 1 a 1 beneficia o Palmeiras, que pode empatar em 0 a 0, no Allianz Parque, na semana que vem, para avançar à semifinal da Libertadores. Mas, antes do duelo começar, o treinador Abel Ferreira viveu um “karma” pessoal desde que chegou ao clube: Ter que vencer o São Paulo pela primeira vez. Até aqui, foram cinco jogos, com duas derrotas e três empates. Sendo quatro destes duelos contra o comandante argentino Hernán Crespo.

O Palmeiras precisava de algo diferente para o duelo no Morumbi, e Abel fez. Tirou o melhor jogador do time, Gustavo Scarpa, e surpreendeu com um trio de ataque formado por Breno Lopes, Rony e Dudu, sem um centroavante e abusando da velocidade. O time ficou mais móvel, mais ágil, mais driblador e com mais facilidade para aplicar a principal característica das equipes do técnico português: O contra-ataque.

Entretanto, faltou combinar com Breno Lopes, que perdeu duas chances claras de gol, e com Raphael Veiga, que, mais uma vez, ficou nulo e pouco apresentou algo relevante.

Por outro lado, se o torcedor palmeirense pode se animar com uma notícia, foi ter visto o idolo Dudu atuar por 90 minutos e jogar em um nível muito acima dos demais que estavam em campo. O camisa 43 assumiu a responsabilidade de armar o jogo e distribuiu passes no Morumbi, com maestria. Será uma boa arma para o jogo de volta no Allianz.

O Palmeiras mudou drasticamente com as entradas de Patrick de Paula e Wesley. Os jogadores foram acionados após o Verdão sofrer um gol, e Abel percebeu que precisava atacar de qualquer maneira. O gol não foi de uma jogada trabalhada, mas, sim, da estrela do volante, que recém havia entrado e se sentiu confiante para acertar um petardo do meio da rua.

O empate é bom para o Palmeiras, mas o Verdão, novamente, não fez uma partida que o torcedor está acostumado. Abel Ferreira precisa urgentemente aprender a jogar contra o São Paulo, caso contrário a vaga para a semifinal da Libertadores pode ser ameaçada.

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