Abel Ferreira não poupou críticas à arbitragem de Douglas Marques das Flores e ao VAR após a derrota do Palmeiras por 3 a 1 para o São Paulo, nesta quarta (30), no duelo de ida da final do Campeonato Paulista.

Jailson avança em ataque alviverde no Morumbi – Cesar Greco / Palmeiras

Inconformado com os critérios adotados pelo árbitro de vídeo, o técnico português foi irônico ao falar sobre a não marcação de um pênalti na etapa final sobre o zagueiro Gustavo Gómez.

“Temos um resultado de 3 a 1, o adversário sai na frente, é bom falarem que tem muita condicionante. Uma coisa é não ter VAR e outra ter VAR. Uma coisa é o Sr. Douglas ir muito bem, bem posicionado, viu que o Rocha estava com as mãos junto ao corpo, mas alguém quis ser protagonista. Os do São Paulo acham que é, os do Palmeiras acham que não. A regra diz que precisa ser escandalosa, clara, como foi o pênalti do Gomez. E aí o VAR estava a comer pipoca, não viu e foi comer pipoca. Sequer chamou o árbitro. Faça o que fizer, este Paulista já está manchado”, afirmou Abel, antes de complementar:

“Foi um golpe emocional. Gostaria que o árbitro viesse dar a cara. Vocês me fazem perguntas. Que ele sente aqui e dê a cara. Se o treinador não der resultado, no final de três meses sai. O jogador não tem rendimento, sai. Com os árbitros tem que ser igual. Erros consecutivos é troca e dar oportunidade aos mais jovens. Com recurso ao VAR ainda, é inadmissível esse tipo de erro. O VAR nem chama o lance do Gomez, que é gritante. Jogamos mal, passamos mal, mas há fatos visíveis que condicionam todo o desenrolar do jogo. Mas isso não tira a minha responsabilidade de dizer que o Palmeiras não fez um bom jogo na segunda etapa”.

Sobre o desempenho alviverde em campo, o comandante do Verdão admitiu a superioridade são-paulina nos últimos 45 minutos de jogo, mas não enfatizar que o gol tricolor após pênalti anotado com auxílio do VAR, alterou o rumo do confronto.

“A primeira parte um bom jogo, ataca uma equipe e ataca outra, criamos duas oportunidades, uma com Veiga e outra com Rony, nosso adversário colocou uma bola no poste. Um jogo bonito até um lance que o árbitro ajuizou muito bem, estava bem colocado, a dois metros do lance, e ajuizou bem o lance, mas depois, das regras que eu leio que o VAR só deve intervir em caso de algo muito flagrante. Se é dúvida prevalece a decisão do árbitro. O árbitro decidiu bem, mas infelizmente acho que não teve coragem para continuar com a sua decisão. Foi um golpe duro. Não merecíamos, foi um erro que não controlamos e pode acontecer. Árbitros erram como erram treinadores e jogadores”.

“O São Paulo foi melhor na segunda parte, fez um gol num momento crucial, no último segundo do primeiro tempo, um gol que não deveria ter existido. Depois teve oportunidades, teve um pênalti claro em cima do Gomez que não viu. Fiquei chateado porque no início, quando eu e Ceni vamos falar com o auxiliar, ele manda o árbitro dar um amarelo a mim e um amarelo a outro, ao Patrick. Se cometi o erro de sair da área é amarelo para ti e para ti, mas não entendi. Assumo as responsabilidades, eu e meus jogadores. A responsabilidade é de todos, todos ganhamos e perdemos. Temos alguns pequenos erros que nos impossibilitaram de criar mais. Temos de aceitar, o adversário foi melhor na segunda parte, na primeira não foi. Temos de aceitar e seguir em frente”, encerrou.

Para faturar o troféu, o Verdão terá de vencer por, no mínimo, três gols de diferença no próximo domingo, às 16h, no Allianz Parque. Em caso de triunfo alviverde por dois gols, o campeão será conhecido na disputa de pênaltis.

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