A paixão costuma ser definida como um sentimento humano intenso e profundo, marcado pelo grande interesse e atração por algo ou alguém.  Mas para o cearense Alan Araújo, de 38 anos, e o paulista José Trigueiro, de 45, ela pode ser traduzida por uma palavra: Palmeiras.  Radicados em Jeddah, cidade litorânea da Arábia Saudita, banhada pelo Mar Vermelho, eles estão tão perto e tão longe do seu time do coração, que na próxima semana vai disputar o Mundial de Clubes em Doha, no Qatar. As duas cidades ficam a apenas duas horas de avião ou um pouco mais de 1.300 quilômetros.

Palmeirenses José Trigueiro (à esquerda) e Alan Araújo na churrascaria Fogo de Chão na Arábia Saudita – Arquivo pessoal

Mas um vírus entrou no caminho deles. A Covid-19 impôs duras restrições de entrada tanto no Qatar como na Arábia Saudita. Eles, porém, prometem dar um jeitinho para acompanhar o Palmeiras em terras do Oriente Médio.

“Vou pedir folga ao meu chefe. Tenho horas extras de trabalho. Eu acompanho sempre o Palmeiras. Não tem como ficar sem assistir ao meu Verdão. Vou ver as partidas em casa”, afirma Alan, que costuma seguir seu time pela internet.

José Trigueiro também. Ele diz que seria um sonho acompanhar o Palmeiras no Qatar:

“Seria um sonho ir para o Qatar e poder torcer para o Verdão de perto nesse Mundial de Clubes. Nós vamos ser campeões.  Vai ser a minha maior alegria ver meu time mais reconhecido aqui no Oriente e no resto do mundo. O Palmeiras é a minha paixão”, comentou o paulista que chegou a Jeddah em julho de 2017, depois de ser selecionado pela churrascaria Fogo de Chão para trabalhar na unidade do restaurante na cidade como gaúcho cheff, que é como eles chamam aqueles que servem as carnes.

Alan também foi para a Arábia Saudita no mesmo processo. Ele trabalhava na filial da churrascaria no Rio de Janeiro desde 2013. Hoje, é supervisor de atendimento. Ele não esconde a ansiedade pela estreia do Palmeiras no Mundial, domingo (7), contra o Tigres, do México.

“Com a campanha que o Palmeiras vem mostrando agora nos faz sonhar muito com o título mundial e vamos ficar com esse pensamento positivo até o último minuto”, comentou.

Eles prometem que se o time do técnico Abel Ferreira for campeão, fazer um churrasco para comemorar o título inédito.

“Vamos comemorar muito sim. Vamos fazer um churrasco. Esse é o jeito mais brasileiro de comemorar um título mundial com os amigos. Só um detalhe a cerveja é sem álcool, mas está valendo”, observou Alan se referindo ao fato de que é proibido consumir bebida alcoólica na Arábia Saudita.

 

 

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