Sereno e confiante em colocar mais um título na sua galeria de prêmios, a maior entre os jogadores do futebol na história. É assim que o quase quarentão Daniel Alves está vivendo este momento olímpico, que ele considera muito especial e que pode ter como último capítulo a conquista do ouro caso o time derrote a Espanha na final deste sábado, às 8h30, em Yokohama, no Japão. Experiente, ele sabe que tem uma carga de pressão maior do que os demais atletas:
“Essa é uma responsabilidade que eu gosto e assumo. Espero que nos preparemos bem, pois uma final olímpica não se joga todo dia. É a primeira vez para todo mundo que está aqui. Estamos todos na Seleção vivendo um momento especial. Esta página precisamos escrevê-la com carinho, será um dia especial. Vamos fazer esta última página ser escrita com letras de ouro e que a gente faça por merecer o título”.
O adversário é a Espanha, cujo futebol Dani conhece muito bem, já que criou a sua fama nos anos em que defendeu com muito sucesso o Sevilla e, principalmente, o Barcelona. E o lateral avisa: será um jogo duro e bonito de se ver, por causa do alto nível das duas escolas.
“Pra mim, enfrentar os espanhóis é um prazer e uma honra. Tenho um pedaço do coração na Espanha, tenho nacionalidade espanhola e jogar contra eles é especial. Mas se trata de competir e, quando entra essa parte, a gente esquece os vínculos que tem e começa a tocar naquilo que importa, no que viemos fazer aqui e conseguir chegar ao objetivo. O adversário tem uma qualidade especial e, assim como o Brasil, propõe o jogo. E eu conheço bem, pois acompanhei de perto e pude desfrutar dessa qualidade. Mas estou representando meu país”, diz Daniel Alves, com gana de vitória.
Ele diz que, nas preleções, quando tem a palavra, é sempre espontâneo e que as palavras de incentivo aos mais jovens surgem naturalmente:
“O que falo é que vivemos um sonho, mas que as palavras têm de ser acompanhadas por atitude. O bonito é fazer a coisa acontecer. Tornar verdade o que está saindo pela boca. Temos de escrever essa página aqui com carinho. Longo prazo é plano. Viver é no presente e temos de desfrutar dele, sabendo que temos de dar valor às pequenas vitórias para merecermos as grandes”
É um grande prazer estar aqui, grandes profissionais, tanto do estafe quanto dos jogadores. É fácil lidar quando se tem as ideias esclarecidas, quando você sabe o que quer. Deixei isso claro, independentemente de toda a trajetória que tenho, tudo o que conquistei e vivi na Seleção. A convivência é saudável por isso. Sempre à frente pelo coletivo, sem ego. Procuro lutar aqui por um sonho e o sonho é de todos. Para isso, precisamos unir nossas forças e criar uma harmonia e junção de boas intenções na hora de trabalhar”.
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