A arquibancada do Botafogo pulsa a cada jogo no Nilton Santos e nos estádios do Brasil. Sendo assim, na reta final da trajetória para o tricampeonato brasileiro, não será diferente. A “Loucos Pelo Botafogo” promete, agora, mais um hit nas arquibancadas. No ritmo do “Uni Duni Tê” – lançada, originalmente, em 1989, pelo Trem da Alegria -, a massa já começa a decorar a letra. Para saber um pouco mais sobre a composição, o Jogada10 conversou com Rafael Kastrup, presidente da torcida alvinegra.

“Vira e mexe a gente cria algo, nada planejado. Escutamos e pensamos naquilo que pode ser adaptado para a arquibancada. Nessa música, um dos criadores estava em um show de Carnaval, ouviu e falou que daria um tema. Mas morreu aí. Depois, resgatamos o assunto, sem pretensão nenhuma. Criamos uma letra por cima totalmente diferente da versão final, fizemos diversas alterações até decidirmos contar a história da volta por cima, da nova fase do Botafogo. Queremos mudar, enfim, o pessimismo que marca a nossa torcida”, iniciou.

O J10, claro, dará o crédito aos autores da canção cuja estreia deve ser neste domingo (29), no Colosso do Subúrbio, pela rodada 30 do Campeonato Brasileiro: Gabriel Marques (Marques), Alexandre Cruz (Alê), Thiago Braga (Braga), Moisés Martins, Lucas Tavares (Rataria), Matheus Gomes (Gomes), João Pedro (JP), Victor Hugo (Bellan) e Henrique Viana. Kastrup prossegue, então, contando a saga para emplacar a canção.

Mosaico, música nova, festas… 2023 é um ano diferente – Foto: Reprodução/Instagram

“Não tínhamos intenção de lançar música agora, até porque viemos de um lançamento recente no primeiro semestre do ano. Já tivemos outras músicas mais bem produzidas que não tiveram tanto engajamento. Mas quis o destino que, em um vídeo despretensioso da gente jogando bola, todo sujos, postamos na nossa bolha de amigos e acabou vazando. Tivemos que lançar sem muita produção mesmo. A torcida vai gostar”, garante.

‘Essa é a nova realidade do Botafogo’

Na paródia, os alvinegros falam, principalmente, sobre a fase ruim que o clube viveu, afundado em dívidas que faziam o torcedor ficar reticente pelo retorno dos dias de glórias. “Ouvi dizer que o clube acabaria”, lembra a canção. No entanto, quem nasceu glorioso não perde sua grandeza. Afinal, o Botafogo voltou a ser protagonista no cenário nacional, e a ficha, aos poucos, vai caindo.

“Parece um sonho que aos poucos está se tornando realidade. Talvez, depois de algumas semanas. a ficha caia em definitivo. Essa é a nova realidade do Botafogo, vamos nos acostumar”, acrescentou o presidente da torcida que já emplacou outros hits, como “Ninguém cala” e “Não se compara”.

Manequinho presente

Estátua localizada em frente à sede do Botafogo, no palacete colonial de General Severiano, o Manequinho representa um menino urinando, contra os “bons costumes”. Ela, aliás, foi inspirada na Manneken Pis, uma obra que fica em Bruxelas, na Bélgica. Após um torcedor alvinegro vestir a estátua com a camisa do seu time, em 1957, com a conquista do título carioca daquele ano, o ritual tornou-se um costume. Em 2023, portanto, os seguidores não veem a hora de manter a tradição.

Estátua em frente à sede social do Botafogo – Foto: Vitor Silva/Botafogo

“O bairro vira um verdadeiro Carnaval. Muitos torcedores dessa geração ainda não tiveram a oportunidade de repetir este gesto e estão ansiosos por isso. Muitos, também, já fizeram a promessa de ir andando de Engenho de Dentro até General Severiano, outros de sumirem por dias.. Vai ser uma verdadeira loucura”, prevê Kastrup.

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Confira a letra da “Loucos pelo Botafogo”

Ouvi dizer que o clube acabaria
Era o que queria essa mídia suja
Que a história se apagaria
E só sobraria a marca da luta

Chegou a hora da volta por cima
É tempo de alegria
Eu sou do preto e branco
Em General vamos comemorar vestindo o Manequinho no final do ano

Tô contigo até morrer
Vamos, Botafogo
Lute pra vencer
Ôôôôô
Eu vim pra te ver
Dedico minha vida pra “tá” com você

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