A crise política recente na CBF ganhou desdobramentos nesta sexta-feira (8/12). Isso porque os principais patrocinadores da Seleção Brasileira, as empresas Itaú Unibanco, Mastercard e Vivo, enviaram cartas conjuntas à entidade para expressar insatisfação com a gestão de Ednaldo Rodrigues, afastado do cargo de presidente na última quinta-feira, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). As informações são do portal “ge”.

O documento cita que as marcas enxergaram falhas no modo com o qual a confederação organizou eventos, como, por exemplo, o clássico entre Brasil e Argentina. O jogo foi válido pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, no Maracanã, na semana que antecedeu o envio da carta.

“O recente jogo […] revelou preocupações significativas e generalizadas para a toda a sociedade. Essas preocupações vão desde o desrespeito ao torcedor no acesso aos ingressos e ao estádio, como a gestão da situação de violência e o manejo da própria Seleção”, diz trecho da carta.

‘Esclarecimentos imediatos’ da CBF

Os patrocinadores ligados à CBF destacaram que os episódios demandavam esclarecimentos imediatos”, tendo em vista a necessidade de preservação da imagem destas marcas assim como da Seleção Brasileira.

Presidente da CBF fala após eliminação do Brasil
Ednaldo teve o afastamento do cargo de presidente da CBF na última quinta – Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A insatisfação também se deu por aspectos financeiros. Executivos do Itaú ficaram incomodados ao tomar ciência que a Vivo renovou seu contrato de patrocinadora pela metade do valor, enquanto ainda rezava na instituição bancária o acordo antigo.

Além das três marcas mencionadas, a Nike também se manifestou contrária à administração da Confederação Brasileira de Futebol, encaminhando uma carta privada.

Após o afastamento de Ednaldo Rodrigues via judicial, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi nomeado interventor. Ele tem o prazo de 30 dias para conduzir uma nova eleição presidencial.

A decisão do TJRJ cabe recurso, e a CBF buscará, em Brasília, cassar os efeitos para devolver Ednaldo à presidência.

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