Paulo Sousa não economizou nas palavras durante a entrevista coletiva após a vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Vasco, nesta quarta (16), no Maracanã, pela semifinal do Campeonato Carioca. Em meio aos assuntos abordados, o treinador português avaliou o desempenho de sua equipe no Clássico dos Milhões e saiu em defesa de Andreas, que iniciou mais uma vez entre os titulares.

Andreas Pereira buscou jogadas pelo lado esquerdo, principalmente no primeiro tempo – Marcelo Cortes / Flamengo

Andreas é visto por Sousa como essencial na engrenagem da equipe atuando ao lado de João Gomes, motivo pelo qual a sequência de partidas se faz necessária. De acordo com o comandante rubro-negro, este é o caminho para que se coloque um ponto final na desconfiança da torcida após a falha na decisão da Libertadores.

“É preciso dar confiança a ele e trabalhar o foco nas tomadas de decisões. O que passou, passou e não se pode controlar. O que vem pela frente, sim, podemos controlar. Trabalhamos para que Andreas seja cada vez mais lúcido e para eliminar erros que possam causar danos para ele assim como para a equipe. Trata-se de um jogador de muita personalidade e com capacidade de superar momentos difíceis”, destacou Paulo Sousa prara, logo em seguida, complementar:

“Mas não foi só o Andreas. O Matheuzinho tomou o cartão em um momento de transição. Isso pode acontecer, mas  aconteceu cedo. Não me pareceu uma jogada de cartão quando ele buscou antecipar o adversário. Quanto ao que pode ser feito por ele, penso que devemos corrigir o que merece maior cuidado e concentração, sobretudo no que ele errou (na decisão da Libertadores). Quando se está de costas é preciso decidir rápido e não rodar para sair do adversário. Estamos trabalhando nisso, tanto que tem acontecido cada vez menos. Por isso, precisamos do jogo, da competição. Nossa equipe necessita de jogadores como o Andreas, por haver um desgaste mental e físico. Tem que ter o desgaste de avançar em termos de pressão na nossa transição defensiva. Andreas tem duas grandes características, como os arremates de fora da área e os passes verticais, mas para isso precisamos mudar o movimento”.

Paulo Sousa lamentou a ineficiência do Flamengo no momento do último passe nas vezes em que furou o ferrolho vascaíno.

“Enfrentamos um adversário que procurou defender, contra-atacar e buscar a opção da bola parada. No segundo tempo, o Vasco procurou ter um pouco mais de velocidade e arriscou em nível individual uma pressão mais rápida. Muitas vezes jogamos para trás excessivamente e precisamos superar essa pressão. Temos que melhorar nisso, principalmente na reta final dos jogos, quando temos um controle maior. Se sairmos dessa pressão, teremos mais espaço para encontrar capacidade de finalização”, concluiu.

Com a vantagem de dois resultados iguais para avançar à final do Campeonato Carioca, o Flamengo deixou o gramado do Maracanã em uma situação ainda mais favorável. Pode até perder por um gol de diferença no domingo que ainda assim se classifica para a decisão do Estadual.

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