Consolidado como comentarista, Pedrinho decidiu realizar o sonho de retornar ao clube do coração. Assim, no dia 22 de janeiro, o ex-jogador tomou posse como presidente do Vasco e viveu seis meses intensos, com uma importante mudança no controle do futebol cruz-maltino.

Naquela época, o mandatário não tinha poderes nesta pasta e exercia o cargo para inspecionar as atitudes da 777 Partners, que detinha a SAF. Diante disso, buscava colaborar com os 30% que o associativo tinha no contrato e cobrava a empresa norte-americana.

Pedrinho teve seis meses atribulados à frente do Vasco – Foto: Dikran Sahagian/Vasco

A relação nunca foi das melhores, e o estopim foram as denúncias sobre descumprimento de cláusulas contratuais da 777 Partners. O Vasco, então, entrou na justiça contra os americano, e a empresa foi afastada do comando, de forma oficial, em maio. Na ocasião, a Leadenhall acusava a 777 de ser um controlada pela empresa A-CAP, algo que se confirmou meses depois.

Mudanças imediatas e a volta do ídolo

Era um novo desafio para Pedrinho, evitar o colapso financeiro e montar um elenco equilibrado para reagir na temporada e evitar um novo rebaixamento. Mudanças imediatas aconteceram como a chegada do ídolo Felipe, como diretor técnico, e as saídas do diretor Pedro Martins e do comandante Álvaro Pacheco, depois de quatro jogos.

Além disso, Lúcio Barbosa e Kátia dos Santos, antigos CEO e CFO, entregaram os cargos. Por outro lado, Marcelo Sant’Anna assumiu como diretor executivo da SAF, enquanto Carlos Amoedo é o novo CEO e Raphael Vianna, o CFO.

Em campo, Rafael Paiva reassumiu de forma interina e tem feito um grande trabalho. A equipe venceu quatro partidas consecutivas e deu um salto na tabela. Agora, tem mais tranquilidade para fazer um returno equilibrado e sem sustos.

Na busca para resgatar a essência do que é ser vascaíno, Pedrinho conseguiu uma contratação de impacto. O Vasco repatriou Philippe Coutinho, uma das maiores revelações do clube no século, que retornou ao lado de Souza e Alex Teixeira, outras crias da Colina.

Reforma de São Januário

Em meio à boa relação com prefeito Eduardo Paes, Pedrinho também foi feliz em avançar com uma das pautas que o torcedor mais almejava. Ele, então, trabalhou nos bastidores e viu a aprovação do potencial construtivo do estádio. Em poucos meses, a Câmara realizou audiências e aprovou um dos sonhos do mandatário, a reforma da Colina Histórica.

Por fim, agora, o foco é acertar a venda do potencial construtivo e arrecadar recursos para a obra. Pedrinho também terá o desafio da venda da SAF e busca por um comprador ao lado da A-CAP.

O dirigente também terá que regularizar as Certidões Negativas de Débitos (CND) e agilizar a divulgação do balanço de 2023 (do clube associativo), algo que ainda não aconteceu e fere o prazo da Lei Geral do Esporte (30 de abril).

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