O diretor de futebol do Cruzeiro, Pedro Martins, falou com a imprensa nesta terça-feira (31), em entrevista coletiva na Toca da Raposa II. O dirigente celeste mais uma vez falou sobre a situação financeira do clube e que o grande propósito é o pagamento de dívidas. Veja, no vídeo abaixo, o que disse Martins.
Outra meta da Raposa, segundo o diretor, é a “compra de mais brigas” por parte do clube para defender os interesses da equipe estrelada.
“Neste ano, resolvemos adotar posições mais firmes e comprar algumas brigas justamente. Isso porque acreditamos que o protagonismo não vem de graça; ele se conquista. É com esse tipo de briga que colocaremos o Cruzeiro de novono topo da tabela. Sabemos que esse ano não será simples, não será fácil, mas através de muita briga, de muita competição, nós vamos, sim, mesmo com as dificuldades financeiras, colocar o Cruzeiro como protagonista”, disse.
Reformulação em busca do fortalecimento
Pedro Martins também explicou a reformulação do elenco celeste para este ano, visando sempre um grupo mais forte.
“Durante o processo de montagem do elenco, nós encontramos diversos desafios. O principal deles é o financeiro. Procuramos reconstruir uma equipe inteira. Tivemos 21 saídas de atletas e 14 chegadas. Mesmo com toda dificuldade e com todo o processo de negociação, que vocês sabem, não é simples, procuramos proteger a todo momento a instituição, não só pensando a curto prazo, não só pensando no jogo de amanhã, mas também pensando na constituição de um elenco jovem, ambicioso, e principalmente com fome”, comentou Pedro, ao discursar sobre os “pés no chão” da Raposa para contratar jogadores.
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“Procuramos buscar jogadores com experiência de Série A, jogadores que já viveram essa competição, mas não podemos abrir mão da alma cruzeirense. Precisamos manter a nossa forma de jogar, a nossa ambição. E precisamos, sim, buscar a vitória a todo momento, mesmo que lá na tabela financeira a competição nos diga o contrário. Hoje estamos na segunda parte desta tabela. E nosso diálogo e debate e construção coletiva com todos que fazem parte aqui do nosso dia a dia é justamente para buscar o diferencial competitivo, uma forma diferente de fazer para superar a lógica imposta pela indústria do futebol”, explicou.
Fair play financeiro
O diretor cruzeirense também criticou a falta de regulamentação no futebol brasileiro e o abismo financeiro existente entre alguns clubes.
“Quando negociamos jogadores, muitas vezes encontramos grandes nomes, nomes muito interessantes, mas sabemos que a competição é injusta. Trabalhamos hoje numa liga que não tem regulamentação. Lutamos hoje contra o doping financeiro, contra clubes que prometem e não pagam. Mesmo perante este contexto, perante essa dificuldade, nós estamos aqui, dispostos a brigar”, reclamou.
Por fim, fez mais uma vez o discurso de recuperação do clube, citando que toda a diretoria está trabalhando para fortalecer o Cruzeiro.
“Estamos aqui mostrando a todos que estamos ansiosos também pela recuperação desta instituição e não tenho dúvidas de que nós vamos chegar lá. Unindo esforços, unindo desejos e fazendo com que o Cruzeiro esteja acima de todos, independente de negociação, independente de qualquer pessoa ou comissão, ou atleta. Estamos todos trabalhando para a construção de um Cruzeiro melhor”, concluiu.
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