Na véspera da partida contra o Canadá, pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a goleira Barbara se envolveu numa discussão com uma atleta paralímpica nas redes sociais. Na entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, a técnica Pia Sundhage evitou comentar sobre o assunto e se esquivou das perguntas quando foi questionada sobre a situação.
“Psicologia é algo que a gente trabalha muito todo dia. É por isso que temos um time por trás. Temos uma especialista que dá informações sobre o que dizer, o que pensar e como preparar a equipe. Você tem todo o tipo de obstáculos e temos que gerenciar todos. Meu trabalho é colocar junto esse time, para garantir que nós vamos dizer a coisa certa, fazer a coisa certa e estar prontas para o jogo”, disse Pia.
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Barbara, de 33 anos, é uma das jogadoras mais experientes da seleção feminina. A goleira disputou as Olimpíadas de Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, antes de Tóquio-2020. Apesar de criticada pelos torcedores, Barbara sempre foi titular absoluta sob o comando de Pia. Ao todo, esteve presente em 13 dos 18 amistosos e só não atuou quando pediu. Ela foi titular na Copa do Mundo de 2019, na França.
O Brasil enfrenta o Canadá na madrugada desta sexta-feira, às 5h, em Saitama, pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em 2016, a seleção canadense levou a melhor na disputa pela medalha de bronze e derrotou o Brasil por 2 a 1.
Em caso de vitória, o Brasil se garante pelo menos na disputa pela medalha de bronze em Tóquio. O melhor resultado do Brasil no futebol feminino foram as medalhas de prata em Atenas-2004 e Pequim-2008, quando acabou derrotado para os Estados Unidos (em 2008 as americanas eram comandadas por Pia Sundhage). Barbara, Formiga e Marta são as únicas remanescentes de 2008.
Discussão com atleta paralímpica
Tudo começou quando Andrea Pontes, atleta paralímpica de canoagem, sugeriu numa rede social que a goleira de handebol feminino do Brasil fosse titular na seleção de futebol feminina. Barbara não recebeu bem a sugestão e rebateu a canoísta. Após isso, ambas trocaram farpas, com direito a ofensas, que prosseguiram na conversa privada.
“Acha que só por que é deficiente pode falar o que quer? Tome no seu c*, que vai escutar o que eu quero falar também”, disse Barbara no chat privado da atleta paralímpica.
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