A Polícia Militar do Rio de Janeiro divulgou nota nesta sexta-feira (23/6) confirmando que um policial militar efetuou disparos contra torcedores do Vasco, durante a confusão em São Januário. Após a derrota do Cruz-Maltino para o Goiás por 1 a 0, nesta quinta-feira, houve um tumulto dentro, mas fora do estádio também.

O policial foi identificado e levado à 1° Delegacia de Polícia Judiciária Militar. A polícia também instaurou um procedimento para apurar o que de fato aconteceu. Contudo, não houve informações se teve algum ferido durante a confusão.

Polícia confirma tiroteio nos entornos de São Januário – Foto: Reprodução

“No local, uma equipe do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios foi encurralada por um grupo de torcedores que arremessaram diversos objetos em direção a tropa, na tentativa de retornar para o interior do estádio e depredar as instalações do Clube de Regatas Vasco da Gama. Na ação, um policial efetuou disparos contra os torcedores. O comando do BEPE instaurou um procedimento apuratório para apurar as circunstâncias do fato. O agente já foi identificado e conduzido à 1° Delegacia de Polícia Judiciária Militar”, diz a nota.

A confusão em São Januário

Dentro do estádio, fogos de artifício, sinalizadores, copos e outros objetos acabaram arremessados no gramado. Alguns torcedores tentaram invadir e quebrar a barreira transparente que serve de alambrado. Além disso, houve empurra-empurra na arquibancada, após o gás lacrimogênio e até balas de borracha da Polícia Militar. Os jogadores vascaínos pularam as placas de publicidade para evitar o contato próximo com os mais revoltados. Ciente de que seria demitido, Barbieri, aliás, foi o último a sair, calado e cabisbaixo. À essa altura, já não havia mais muita gente no estádio.

Mas a confusão não se limitou à parte interna do campo. Afinal, após o jogo, o clima não era nada melhor nos arredores de São Januário. Torcedores deram a volta por trás da arquibancada e tentaram invadir os vestiários, além da área que dá acesso ao campo. Entretanto, a Polícia Militar agiu rapidamente e dispersou os potenciais invasores mais uma vez.

Na súmula, o árbitro Jean Pierre Gonçalves fez um enorme relato. Além de bombas e dos objetos atirados no gramado, ele escreveu que quebraram o carro de transporte da arbitragem. Além disso, os integrantes do VAR tiveram que sair imediatamente da sala devido ao tumulto.

Se não conseguiram chegar aos vestiários do Vasco, vândalos conseguiram adentrar o estacionamento. Lá, destruíram carros de jogadores e dirigentes e atiraram pedras contra fachada e estruturas do clube. O portão da Rua Francisco Palheta quase acabou sendo invadido, mas policiais dispararam com arma de fogo. Nas ruas, mais confronto com a polícia, muitos tiros e cenas lamentáveis típicas de guerra.

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