Novo capítulo! A investigação sobre o golpe de R$ 18 milhões sofrido pelo atacante Dudu, do Palmeiras, teve sequência recentemente. Isso porque a Polícia de São Paulo promoveu uma operação na clínica que pertence ao ex-assessor e padrinho de casamento do jogador, Thiago Donda. Outro local que foi alvo da ação foi a casa do ex-gerente de contas de pessoa jurídica do atleta no Bradesco, Joelson Aguilar dos Santos.

As autoridades policiais foram até a Nido Clínica de Estética Avançada e Medicina Esportiva, de Thiago Donda. No local, apreenderam celulares, computadores, notebooks e folhas de cheque com o nome do empresário. Além de produtos de estética, máquinas de cartão de crédito e HD externo. Todos os itens vão passar por avaliação.

Thiago Donda (à esquerda de Dudu) é o principal suspeito nas investigações da Polícia de São Paulo – Foto: Instagram @7_dudu

Na residência de Joelson, os agentes recolheram documentos que aprovam transferência de veículos e comprovantes de despacho da Mercedes GLA 250. Isso porque haviam registros que atrelavam o carro à empresa de Dudu. No caso, a Dudu Sete Agenciamento de Imagens Esportivas, companhia em que o atacante recebe direitos de imagem do Alviverde.

A análise contratada pelos advogados do jogador indica que houve irregularidade envolvendo o veículo. Trata-se de uma mudança de propriedade da Mercedes sem conhecimento de Dudu, com assinaturas forjadas.

As autoridades policiais na casa de Joelson ainda confiscaram um boleto bancário que pertence a empresa de Dudu. Assim como duas páginas de extrato bancário da empresa aberta pelo atacante e da BWF Assessoria Esportiva, de Thiago Donda.

Detalhes do golpe que Dudu sofreu

O golpe que o atacante Dudu, do Palmeiras, sofreu ultrapassa os R$ 18 milhões. Desse valor total, R$ 562 mil foram apenas da mudança de propriedade de dois carros com assinaturas falsas. Uma delas, a Mercedes já citada anteriormente.

O jogador passou a ter conhecimento das irregularidades em 2023. No ano passado, ele descobriu que a Dudu Sete Agenciamento de Imagens Esportivas não recolhia impostos desde 2018. Por sinal, a empresa já tinha um acordo para quitar o débito e decisões judiciais a partir de 2022, porém sem o consentimento do atleta.

Assim, os advogados do atacante levantaram a hipótese de Thiago Donda estar usufruindo do capital de maneira errada. Isso em vez de utilizá-lo para o pagamento de impostos. Com isso, iniciou-se uma auditoria para entender de que maneira foi usado o capital.

Aliado a essa situação, os advogados solicitaram a abertura de uma investigação com os seguintes suspeitos: Thiago Donda, Joelson e Thiago Rocha, ex-escrevente do 19º Cartório de Registro Civil de São Paulo. Exatamente no local houve o reconhecimento das assinaturas falsas.

Apesar de avaliar que Thiago é o principal responsável pelo ato ilícito, avalia-se que o ex-padrinho e assessor teve cúmplices. No caso, a aprovação de funcionários do Bradesco e, inclusive, dos trabalhadores do 19º Cartório de Registro Civil de São Paulo.

Além disso, quando pediu a abertura do inquérito, a defesa de Dudu destaca que tem indicativos que Donda usou dinheiro das contas do atacante sem o consentimento do mesmo. As quantias seriam destinadas para a criação de sua companhia, a Nido Clínica de Estética Avançada e Medicina Esportiva. No cenário que envolve o golpe, há a avaliação se houve crimes de estelionato e falsificação de documento público. Bem como falsidade ideológica e associação criminosa.

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