Polícia investiga possível manipulação de resultados na Copinha

A Polícia Civil do Estado de São Paulo está investigando uma possível manipulação de resultados em jogos da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha. De acordo com informações obtidas pelas autoridades, um apostador entrou em contato com pelo menos dois jogadores para aliciá-los com ofertas financeiras. O intuito, portanto, era influenciar nos jogos de maneira proposital.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) colabora com a Polícia Civil nas investigações. Dessa forma, observou com cuidado dois casos. Um apostador entrou em contato com um jogador do Zumbi (AL) e outro do Real Ariquemes (RO), oferecendo R$ 3 mil a cada um para perderem seus jogos para os paulistas Ferroviária e Tanabi, respectivamente.

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Ainda de acordo com as denúncias, o apostador abordou os jogadores para que eles cedessem um determinado número de escanteios, a ser combinado previamente. Assim, com este número garantido, o criminoso efetuaria a aposta e lucraria em seguida. Os jogadores aliciados procuraram a FPF e fizeram boletins de ocorrência sobre os casos. Um deles, o goleiro Evan, do Real Ariquemes, explicou a abordagem:

“Ele (apostador) não pediu para tomar gols, mas a proposta era jogar o máximo de bolas para escanteio, de propósito, e ele me daria uma quantia em dinheiro. Minha reação foi de surpresa porque a gente sabe que, no mundo do futebol, está bastante em evidência esse negócio de apostas. Mas nunca imaginei que aconteceria comigo. Sei da minha índole, então a primeira coisa que passou em minha cabeça foi negar e acionar a comissão e o presidente do clube”, disse, ao ‘ge’.

Suposto aliciador identificado

Após as denúncias, a Polícia Civil conseguiu identificar o apostador que aliciou os jogadores. Ele é o correspondente bancário Diego Rodrigues, que mora no interior de São Paulo. De acordo com informações, ele disse, por meio de seus advogados, que deve se apresentar nos próximos dias às autoridades para depor.

Por outro lado, a Federação Paulista de Futebol (FPF) está tentando minimizar os casos. Se não pode evitá-los, a entidade tem trabalhado junto a casas de apostas para tentar identificar jogos que possam passar por algum tipo de manipulação de resultados. Com essas evidências, a Federação espera evitar que o problema se repita. A final da Copinha é nesta quarta (25), entre Palmeiras e América-MG, no Canindé.

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