A curta parceria entre a casa de apostas Vai de Bet e Corinthians provocou abalo nos bastidores do clube. Diversas teorias a respeito do patrocínio foram levantadas com relação a possíveis irregularidades. Sendo assim, foi aberta uma investigação sobre o caso, e o delegado responsável, Tiago Fernandes Correia, entrará em contato com a Justiça. O objetivo é pedir uma ampliação do prazo para concluir as averiguações.
A 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) é a responsável pela abertura e condução do inquérito. O processo tem como principal intenção descobrir detalhes da negociação. Entre elas, os cenários posteriores ao pagamento de comissões aos intermediários pelo contrato de patrocínio entre a casa de apostas e o Timão.
A investigação teve início em 7 de junho. Em um primeiro momento, o período inicial para encerrar as atividades de apuração era de 30 dias. Entretanto, a Justiça estendeu o prazo para mais 90 dias. O período chegou ao fim no começo de outubro. Assim, caberá ao magistrado definir o prazo de extensão para concluir as averiguações. Uma das razões que atrapalhou para a finalização do inquérito foi a demora dos bancos responderem os documentos enviados pela delegacia.
Detalhes da investigação do patrocínio entre Corinthians e “Vai de Bet”
Posteriormente, com a determinação da Justiça para quebra de sigilo bancário identificou-se a vinculação de contas da Neoway Soluções Integradas com cinco organizações financeiras. No entanto, somente uma colaborou com as solicitações de informações complementares que a delegacia encaminhou. Aliás, o período de resposta já encerrou, mas um novo pedido foi enviado à Justiça, assim como a cobrança pelas informações.
De acordo com as investigações da Polícia Civil e o Ministério Público, a Neoway é apenas uma empresa de fachada. A propósito, a companhia recebeu transferências da Rede Social Media Design, intitulada no contrato como a intermediária pela parceria entre o Corinthians e a Vai de Bet.
As movimentações financeiras começaram a ocorrer após o Timão enviar R$ 1,4 milhão à rede social como uma parte da comissão.
Ainda por cima, há averiguações se houve a ocorrência de outros possíveis crimes como lavagem de dinheiro. Neste inquérito, avalia-se que o Timão é vítima neste esquema. O proprietário da empresa colocada como a intermediária, Alex Cassundé, desmente que tenha cometido qualquer tipo de crime.
Por sinal, além das respostas dos bancos, a polícia ainda precisa marcar depoimentos dos personagens envolvidos no caso. A tendência é que os representantes da Vai de Bet sejam os próximos. Enquanto isso, Augusto Melo, presidente do Corinthians provavelmente será um dos últimos a contribuir com o seu relato. Marcelo Mariano, diretor administrativo do clube, e Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing do Timão, também vão depor.
O episódio entre o Alvinegro e a “Vai de Bet” causou a rescisão do vínculo, além de diversas saídas em sequência de diretores.
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