Após o veto dos rádios de pilha em estádios de Pernambuco repercutir negativamente, a Polícia Militar suspendeu a proibição. A decisão foi comunicada na manhã desta sexta-feira (29), na véspera da final do Campeonato Pernambucano, e será reavaliada pelo “Grupo de Trabalho Futebol”, um aglomerado formado pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Juizado do Torcedor, entre outros órgãos responsáveis pela segurança nos estádios.
“Essa polêmica é porque o rádio tem esse simbolismo. Tem a velha guarda que gosta dos radinhos, tem o deficiente visual que quer ter acesso à partida e, como não enxerga, quer escutar o que acontece no campo. Em virtude disso, essa medida está suspensa”, explicou Luiz Claudio Brito, assessor de comunicação e porta-voz da PM.
Na decisão sobre a proibição, a Polícia Militar havia alegado que os rádios de pilha eram um “risco à segurança”, pois era um objeto que poderia ser arremessado. Além disso, instrumentos musicais, apitos e porta bandeiras também não poderão ter acesso para diminuir os riscos de violência dentro e nos arredores dos estádios.
“O rádio veio à tona porque é um equipamento análogo aos outros que foram proibidos. Ele pode ser arremessado e causar uma lesão, como outros equipamentos. Todo e qualquer objetivo que pode ser arremessado em direção a uma pessoa e feri-la é uma preocupação. Nos palcos esportivos, tivemos situações de pessoas lesionadas por arremessos de equipamentos”, disse Luiz Claudio Brito.
Náutico e Retrô decidem o título do Campeonato Pernambucano neste sábado (30), às 16h40, na Arena Pernambuco. No jogo de ida, no Estádio dos Aflitos, o Retrô venceu por 1 a 0 e, por isso, tem a vantagem do empate no segundo jogo da decisão.
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