Alexis Sánchez foi relacionado para defender o Chile contra o Brasil, nesta sexta-feira, no Nilton Santos, no Rio, pelas quartas de final da Copa América. Machucado na perna direita, o atacante não jogou nenhuma partida da competição e, nesta quarta-feira, antes da viagem para o Brasil, pela primeira vez em três semanas ele treinou com bola. Certamente, se entrar em campo, não estará nem 50% apto fisicamente. Ainda assim, todos os chilenos dizem que a sua presença é a maior esperança para a seleção conseguir um bom resultado. O goleiro Claudio Bravo é um exemplo:
“Está faltando o Menino Maravilha. Estamos esperando que ele se recupere”, disse o arqueiro, usando o apelido pelo qual Sánchez é conhecido no país (Niño Maravilla).
Há varias razões para tanta fé em Sánchez. A primeira é a sua eficácia. O atacante da Inter de Milão soma 46 gols marcados com a camisa da seleção. É o maior goleador da história do Chile e, lado do meia Vidal, o maior ídolo. Com ele em campo, o poder ofensivo é muito maior.
A outra é o seu entrosamento com Vargas. A dupla Var-Sa é a mais letal da história chilena. Afinal, se Sánchez é o maior goleador, o segundo colocado da lista é Vargas, com 40 tentos. A possibilidade de balançar a rede rival aumenta substancialmente com os dois em campo.
Há também um pouco de superstição. Para a torcida local, em jogo contra o Brasil, se Sánchez faz gol, o Chile não perde o jogo. O motivo é o seguinte: a atual geração chilena é chamada de ouro, pois foi a primeira a ganhar torneios internacionais para o país, exatamente as Copas Américas de 2015 e 2016. Esta geração começou em 2010 e desde então enfrentou o Brasil seis vezes em competições oficiais. Foram quatro derrotas, um empate e uma vitória. Neste empate, na Copa-2014, Sánchez fez o gol (O Brasil avançaria nos pênaltis). A única vitória foi nas Eliminatórias para a Copa de 2018, 2 a 0 em Santiago. Sánchez deixou o dele. Nas derrotas, ou ele não estava em campo ou não fez gol.
Nesta quarta-feira, o Chile embarcou para o Brasil. Sánchez estava exultante. Quando seguia a caminho do aeroporto de Santiago, comentou para torcedores: “Feliz! Voltei, voltei”.
O atacante ainda fará testes nesta quinta-feira, no Rio. Mas tudo indica que ele ficará no banco de reservas como uma das opções de ataque do treinador Martin Lasarte.
O técnico, aliás convocou um outro atacante de última hora. Diego Valencia, da Universidad Católica. O jogador tem 21 anos e entra na vaga de um defensor, Maripán, que foi cortado por ter sofrido uma lesão muscular na semana passada.
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