No fim de 2022, a Arena do Grêmio vai completar dez anos da sua inauguração. Enquanto isso, por outro lado, o Estádio Olímpico, antiga cada do Tricolor, segue abandonado e com o futuro indefinido. Desocupado desde 2014, o local virou alvo de disputa judicial e, agora, até a Prefeitura de Porto Alegre quer intervir para achar uma solução para o espaço.

Recentemente, o estádio passou por vistoria de combate a dengue – Cristine Rochol/PMPA

Depois do Grêmio se transferir definitivamente para a Arena e para o CT Luiz Carvalho, o Olímpico ficou abandonado. O terreno seria transferido para a OAS e a Karagounis, companhia ligada à empresa que construiu a Arena. Mas o negócio só será finalizado quando a OAS concluir totalmente o projeto da Arena, que inclui algumas obras no entrono do estádio que até hoje não foram feitas.

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Assim, o Olímpico segue abandonado desde 2014. Mesmo cercado e com seguranças bancados pelo Grêmio, o estádio e, principalmente, o seu entorno, passaram a ser ocupados por pessoas em situação de rua e usuários de drogas. Depois de tanto tempo e de reclamações de moradores da região, o prefeito Sebastião Melo quer tentar encontrar uma solução.

“O assunto está judicializado, mas quem está pagando o pato é a cidade. E eu tenho conversado com o Grêmio, através do vice-prefeito, para encontrarmos a solução. Quem responde por aquele terreno, Grêmio ou a OAS? O nosso governo é de muito diálogo e temos que encontrar uma solução. Eles não podem criar um problema para a cidade. Se eles têm uma demanda que ainda vai demorar um tempo, precisam cuidar do espaço, limpar, estar bem cercado, cortar a grama e ter segurança”, afirmou Melo à “GZH”.

“Não é o governo impor, mas não podemos receber pedidos de providências em um espaço que é privado. O privado tem que responder pelo privado, o público pelo público, e juntos construirmos uma cidade melhor”, completou o prefeito.

O estádio está abandonado desde 2014 – Reprodução

Em nota, o Grêmio se posicionou sobre o assunto e afirmou estar atento à preservação do Olímpico, mas disse que a responsabilidade pelos moradores em “vulnerabilidade social” é da Prefeitura.

“Estamos sempre atentos a qualquer situação de depredação e invasão do espaço. Porém, a área de cobertura do estádio é extensa e não há como evitar ações que fogem do nosso controle. Há, no entanto, moradores em extrema vulnerabilidade social no entorno do estádio e cabe aos órgãos públicos competentes dar assistência necessária, evitando, assim, situações de degradação no Olímpico ou em qualquer outro espaço público ou privado da cidade”, informou o Grêmio em nota.

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