Depois de longo período sem abrir os portões, os clubes voltaram a receber público. Contudo, devido à restrição da torcida – ainda cautelosa no retorno aos estádios – e dos altos custos envolvidos, alguns clubes já esperavam que a retomada causaria transtornos. Flamengo e Fluminense, que mandam jogos no Maracanã e tiveram o aval da CBF para dividir igualmente os ingressos para o clássico de sábado (23), têm visto seus prejuízos aumentarem.
Em seu penúltimo jogo como mandante, diante do Fortaleza, o Tricolor teve despesa acima de R$ 600 mil, e a dívida passou dos R$ 2,5 milhões. Como o somatório não consta números do duelo contra o Atlético-GO, já que o borderô ainda não foi enviado à CBF, a tendência é a de que o valor do prejuízo seja repetido, tendo em vista que a renda foi abaixo de R$ 100 mil.
O Flamengo também acumula perdas. No início do mês, contou com sete mil pessoas frente ao Athletico, quando poderia ter negociado até 50% do estádio, e perdeu mais de R$ 260 mil. Gastou, ainda, R$ 320 mil contra o Sport. O último jogo diante do Cuiabá ainda não entrou nos cálculos.
As despesas poderiam ser ainda maiores se a dupla carioca não recorresse em algumas ocasiões a praças com menores custos, como o Estádio da Cidadania, em Volta Redonda, e até mesmo a Neo Química Arena, em São Paulo. No caso do Tricolor, ainda fez uso do Estádio de São Januário, a casa do Vasco. Antes do retorno de público, os gastos de Fla e Flu no Maracanã foram, em média, de R$ 200 mil por jogo.
Na semifinal da Libertadores, pelo menos o Flamengo conseguiu amenizar o estrago. Diante do Barcelona-EQU, com ingressos mais caros, teve um público de 20 mil para uma renda que bateu R$ 4 milhões. No que tange o impacto nas finanças dos clubes durante a pandemia, a boa notícia fica por conta da crescente nos programas de sócios-torcedores, fator que se estende a âmbito nacional.
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