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Preparador físico do Universitario é preso por racismo após vitória do Corinthians

O preparador físico do Universitario, do Peru, que enfrentou o Corinthians na noite desta terça-feira (11), foi detido pela polícia após o jogo na Neo Química Arena. O duelo, portanto, ocorreu pelos playoffs da Sul-Americana.

Sebastian Avellino Vargas imitou um macaco enquanto proferia a palavra “monos”. Na tradução, significa macacos. Sob a acusação de que os gestos teriam sido em direção a torcedores alvinegros, as autoridades conduziram o homem à delegacia da Arena para prestar depoimento. Alguns torcedores do Corinthians, na condição de testemunhas, também estiveram presentes no local.

Preparador físico do Universitario é encaminhado à delegacia da Neo Química Arena – Foto: Reprodução Twitter

O crime teria sido flagrado por torcedores no instante em que os jogadores do Universitario faziam o aquecimento na reta final da segunda etapa.

Vargas, que é uruguaio – mesma nacionalidade do técnico Jorge Fossati, do Universitario -, deve responder pelo crime de injúria racial. Nesse cenário, portanto, poderá pagar fiança que varia de R$ 10 mil a R$ 20 mil para ficar em liberdade durante o processo. Pouco depois, transferiram o preparador físico para a 65ª DP, em Artur Alvim, que fica na zona leste da capital paulista.

Esta, aliás, não é a primeira vez que ocorre detenção em São Paulo por conta de atos racistas. Isso porque, no jogo entre Corinthians e Boca Juniors pela primeira fase da Libertadores-2022, um torcedor argentino teve de pagar fiança para deixar a delegacia após imitar macaco nas arquibancadas da Arena.

Técnico sai em defesa do preparador físico

A saber, nos últimos meses, a Conmebol agravou as punições contra gestos discriminatórios em todas as competições organizadas pela entidade “por motivação de cor de pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem”.

Além disso, frisou que o valor mínimo da multa a clubes em que o torcedor infringir a regra, passou a ser de 100 mil dólares (aproximadamente R$ 485 mil). Anteriormente, era de 30 mil dólares (cerca de R$ 145 mil).

Após o jogo, Jorge Fossati, treinador do Universitario, saiu em defesa do funcionário do clube:

“Não vi. O conheço e trabalha comigo há 13 anos, desde 2010, é um cara muito respeitoso. Segundo ele me falou, foi mal interpretado seus gestos. Estavam cuspindo e xingando ele, coisas de futebol, infelizmente. Parece que o torcedor pode fazer o que quiser. Se a gente reage, está errado. É assim. Mas também está errado o torcedor do Corinthians e do Universitario se não tiver comportamento adequado para estar no jogo”, afirmou.

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Felipe David

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