Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG, deu explicações sobre a decisão pela permanência de Eduardo Coudet à frente da equipe. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (11), ele afirmou que o treinador argentino admitiu o erro e se desculpou pelas declarações bombásticas da semana passada.
“Fomos muitos firmes, mostramos a hierarquia do grupo, conversamos de forma respeitosa, mas de certa forma até dura. Portanto, foi uma conversa olhando no olho do treinador. Falamos a ele tudo aquilo que a gente achava e queria. Repito, de forma educada, respeitosa. O treinador reconheceu o erro, o exagero, pediu desculpas”, salientou.
O mandatário frisou que depois do pedido de desculpas de Coudet na coletiva de sexta-feira, foi decidido pela interrupção no assunto a fim de dar importância ao segundo jogo da decisão do Campeonato Mineiro, vencida diante do América-MG, no último domingo. E nesta terça houve outra reunião com o técnico.
Presidente do Atlético-MG: ‘Coudet não quis assinar aditivo’
Ao ser perguntado na coletiva sobre a multa rescisória de Coudet e comissão técnica, o dirigente assegurou que o Galo chegou a assinar, mas o treinador se recusou colocar sua assinatura quanto ao aditivo que retira a multa contratual de aproximadamente R$ 30 milhões.
“Estou feliz com o que aconteceu? Não! Não poderia ter acontecido, mas aconteceu e decidimos com você continuar. O contrato tá aí, você assina se quiser, ninguém é obrigado a ficar no Atlético por força de contrato. Um treinador ficar por força de contrato não vai dar certo. Tá liberado a multa se for do seu interesse. Mas o Atlético não vai pagar R$ 26 milhões de multa”, contou Sérgio Coelho, antes de completar:
“Na segunda-feira à noite houve uma reunião do colegiado. Na sexta-feira, encaminhamos uma minuta assinada por mim dando a ele a cláusula que ele havia pedido. Assinamos e enviamos via e-mail para o empresário do Coudet, para o treinador e advogado. Nos reunimos hoje a noite e decidimos que resolveríamos hoje com o Coudet”.
Multa: empecilho para demissão?
Contudo, o presidente do Atlético titubeou quando perguntado se a multa foi impedimento para a demissão de Coudet.
“Não foi só a multa. O que foi importante foi não tomar atitude de cabeça quente. A decisão de ganhar tempo, esfriar a cabeça, eu, 4Rs, Caetano e próprio Coudet, ajudou a decidir de forma pacífica e mencionar nossa insatisfação de forma firme. Chegamos à conclusão de continuar, que seria o melhor para o clube, e vida que segue. Se for uma multa em que as duas partes tiverem direito, eu não vejo problema. Não vou dizer amanhã, mas talvez no meio do ano, próxima janela, se ele vier e me pedir, eu defendo que a gente assine”, concluiu o mandatário.
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